Psiquiatra: primeira consulta

A consulta em psiquiatria tem o intuito de orientar o melhor tratamento para condições emocionais e comportamentais que possam estar atrapalhando a vida das pessoas. Podemos falar de queixas que podem estar relacionadas a pensamentos, sentimentos, impulsos, a alterações de funções importantes como o sono, apetite, libido, mas também é possível que o motivo de não estar bem não esteja tão. Essa é uma das funções do Psiquiatra, tentar encontrar junto com o paciente o que não tem feito bem à saúde mental dele. O Psiquiatra vai escutar, analisar, buscar informações sobre o passado e o presente com o objetivo de responder a duas questões fundamentais.



O que você apresenta é uma patologia?
SIM
Se sim, pensará em uma hipótese de diagnóstico para guiar no caminho do tratamento, para te informar e para auxiliar no tratamento multidisciplinar (com psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos, outros médicos).
NÃO
Caso não seja, o profissional te fará orientações acerca do que está vivendo e como ajudar a amenizar sua queixa.

Frente ao que você apresenta, qual é a melhor forma de tratamento?
E neste ponto, o tratamento pode (ou não) envolver medicação e pode (ou não) envolver outras abordagens com outros profissionais. Neste caso, também é papel do Psiquiatra orientar a melhor forma de tratamento para você, te sugerir profissionais e procedimentos, acompanhando sempre a eficácia deste seguimento.

Autor:
DR FELIPE PINHEIRO DE FIGUEIREDO
CRM: 31918
RQE: 17208 -Psiquiatra
RQE: 17215 – Psiquiatria da Infância e Adolescência

Psiquiatria Infantil: primeira consulta

     A consulta em Psiquiatria da Infância tem o intuito final de orientar os pais (e as crianças) quanto ao melhor tratamento para condições emocionais e comportamentais que possam estar atrapalhando a vida do seu filho. Podemos estar falando de queixas como hiperatividade, desatenção, problemas de aprendizado, tristeza, medo, ansiedade, problemas com o sono, o apetite e muitas outras.

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     É função do Psiquiatra com especialização na área infantil comparar as dificuldades que vêm acontecendo com a criança com o que seria esperado para outras crianças de mesma idade. Para isso, além de escutar os pais, precisará escutar a própria criança, e investigar os problemas em outros ambientes onde a criança vive, como escola, grupos religiosos e grupos de amizade. Assim, a avaliação em Psiquiatria Infantil compreende vários momentos, que não se findam em apenas uma consulta.

     Desta forma, não se assuste se na primeira consulta o Psiquiatra não chamar seu filho. Ele estará, inicialmente, verificando com os pais a real necessidade de vê-lo e, se o for, o seu filho será chamado em outra consulta antes da proposição diagnóstica.

     Além disso, leve, na primeira consulta, todos os exames realizados no ultimo ano, os nomes de medicamentos já tomados e dos profissionais que já atenderam ou atendem seus filhos. Se possível, tenha em mãos relatórios destes profissionais por escrito. Isto facilitará muito o processo de avaliação. Caso não os tenha, o médico solicitará aquilo que for necessário.

     Após a análise de toda a situação, o médico responderá se aquilo que acontece com o seu filho é, realmente, uma patologia e, se for, dará um nome para este problema (diagnóstico), e proporá caminhos terapêuticos embasados nas melhores evidências científicas, e realidade e interesse da família e da criança. Neste ponto, o tratamento pode (ou não) envolver medicação, e pode (ou não) envolver outras abordagens com outros profissionais. Neste caso, também é papel do Psiquiatra orientar a melhor forma de tratamento para você, te sugerir profissionais e procedimentos.

     Após este momento inicial, acompanhará frequentemente seu filho, avaliando a execução do plano terapêutico, para mensurar se ele vem sendo cumprido da melhor forma.

Autor:
DR FELIPE PINHEIRO DE FIGUEIREDO
CRM: 31918
RQE: 17208 -Psiquiatra
RQE: 17215 – Psiquiatria da Infância e Adolescência

Os incríveis benefícios terapêuticos de ter um animal de estimação

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Milhares de pessoas já se beneficiaram de nossos melhores amigos peludos

Sabemos que um animal de estimação pode tornar a vida mais agradável. Mas hoje, a psicologia tornou-se favorável ao uso de animais de estimação como um meio de terapia, por causa dos benefícios que eles trazem aos seus donos, e recomenda ter um animal de estimação para tratar várias doenças.

Animais de estimação ajudam as pessoas a se relacionarem e aumentam a autoestima
Talvez você esteja passando por um momento difícil, um momento de ansiedade, um momento doloroso e, de repente, seu animal de estimação chega e sente seu estado emocional. Consciente de que você precisa de ajuda, ele lhe faz companhia.

Qualquer um pode ter um animal de estimação como ajudante terapêutico. Mas um animal de estimação é mais útil para:

  • Pessoas com doença cardíaca
  • Pessoas com paralisia cerebral
  • Pacientes com doenças terminais
  • Pacientes com doenças mentais
  • Pacientes com distúrbios de comportamento

Existem diferentes maneiras de fazer terapia usando como uma das ferramentas a presença em casa de um animal de estimação. Isso pode ser feito de forma individual ou em grupo, adaptado para o paciente, sendo criança ou adulto.

O método específico com cães
Algumas formas de terapia usam cães que acompanham o paciente em todos os momentos para que ele(a) não se sinta sozinho. O cão ajuda o paciente a se distrair, e o objetivo é reduzir a dor ou a ansiedade que o paciente pode estar sofrendo.

As pessoas costumam conversar com seus animais de estimação e compartilhar seus pensamentos e sentimentos com eles. Ter um cão como companheiro traz grandes benefícios terapêuticos para pessoas mais velhas e/ou doentes que podem sofrer de depressão, por exemplo.

Alguns dos benefícios terapêuticos

  • Bem-estar da pessoa
  • Ajuda o paciente a superar a doença
  • Ajuda a superar a morte de um cônjuge
  • Ajuda com a socialização
  • Reduz a sensação de abandono
  • Reduz a tensão e o estresse
  • Reduz a ansiedade
  • Traz alegria para a vida do paciente

É importante lembrar que um animal nunca tomará o lugar de uma pessoa, mas pode oferecer alguns dos benefícios que as pessoas obteriam de relacionamentos interpessoais positivos. Alguns animais domésticos têm um tipo de afinidade relacional com as pessoas que lhes permite dar apoio emocional e um estímulo constante, especialmente em casos específicos de algumas doenças, e também quando a solidão se torna uma aflição.

(FONTE:https://pt.aleteia.org/2018/05/28/os-incriveis-beneficios-terapeuticos-de-se-ter-um-animal-de-estimacao/)

A arte da paciência

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A palavra paciência deriva do latim patiens, ou seja: o que padece. Implica sofrimento: o da espera e o da esperança… ou do desespero. Vivemos em um mundo frenético. Precisamos saber, conhecer os resultados, e sofremos enquanto esperamos. Evitar essa dor é o que nos torna impacientes. A tecnologia— em particular as telecomunicações — criaram a expectativa do imediatismo. Mas isso pode se tornar uma ilusão e nos levar a considerar como presente algo que ainda está por vir. A expectativa é um sistema fechado que resulta em frustração. Estamos nos acostumando ao imediatismo, evitando a espera. Este é um dos segredos da paciência: o hábito.
Não se nasce paciente. Os bebês choram quando têm fome. Não toleram a insatisfação imediata de uma necessidade primária: o alimento. Pouco a pouco vão aprendendo que, ainda que demore um pouco mais, finalmente lhe darão de comer. Impacientam-se, mas com o tempo aceitam, sem chorar, o sofrimento da fome, porque sabem que o alimento chegará. A natureza da criança é a impaciência, porque poucas coisas dependem delas, porque quase nada está sob seu controle. Outro segredo da paciência: o controle.

Cada vez conseguimos controlar mais situações. O tempo que vai fazer no lugar remoto ao qual programamos uma viagem ou onde está nossa filha adolescente que demora 10 minutos a mais do que o habitual para chegar em casa. Sem dúvida, grandes avanços, mas habituar-se ao controle fomenta a impaciência. A paciência tem de ser treinada, aprendendo a tolerar o sofrimento causado pelo desconhecimento, a incerteza, o descontrole.

Na sociedade do imediatismo, a satisfação de um desejo de forma quase automática se tornou uma nova droga sem nome. No cérebro, funciona mediante dois mecanismos básicos: de um lado, proporciona prazer, reforça os circuitos de recompensa e fomenta a busca, novamente, da sensação prazenteira oferecida pelo cumprimento do objetivo, quanto antes melhor; de outra, colocam em andamento mecanismos para evitar a dor, como acontece quando algo nos incomoda e mudamos —inconscientemente às vezes— de postura.

O problema é que o corpo não está preparado para estar em situação de alerta constante. Se desgasta. O sono repara o desgaste, mas a cada vez dormimos menos e, pior, muitas vezes em nome da impaciência, pois dedicamos mais horas para conseguir do que para descansar. O conceito de necessidade se desvirtuou, tanto de ser como de saber e de ter. É impossível subtrair, evitar ou resistir à verdadeira necessidade. Falamos dela cada vez com mais facilidade, quando na verdade se trata de desejos. Desejar é mais suportável do que precisar, e a elevação do desejo à categoria de exigência envolve riscos, pois uma carência adiada se torna uma urgência. Boa parte da responsabilidade pelo aumento do uso de fármacos para o tratamento da ansiedade e depressão vem dessa tendência de não cultivar a arte da paciência. Viver nesse contexto da urgência é, na realidade, mais danoso do que o possível fracasso em objetivos que consideramos necessários.

Para evitar cair na armadilha do desassossego, a primeira coisa a fazer é tomar consciência de que somos impacientes; depois, avaliar que fatores fomentam nossa inquietude e quais nos protegem. A necessidade de ser paciente é vista como sinal de fraqueza. Os poderosos não esperam, mas depositam em você a satisfação de sua urgência, a responsabilidade por atingir —ou não— o objetivo.

Não devemos sucumbir a essa tendência. A paciência não é apatia, nem resignação. Não é falta de compromisso, porque não é estática: quem espera com calma faz isso ativamente, se rebela contra a dificuldade. O sossego é otimista, pois a espera ativa implica esperança. É coragem, pois fixa o olhar no longo prazo. O impaciente considera que o objetivo é a meta, quando na verdade o objetivo é ponto de partida. A paciência é protetora, pois não fica frustrada diante da eventualidade do imediato: nos permite atravessar situações adversas sem fraquejar. É força, pois é paciente aquele que foi capaz de domesticar suas paixões. Mas precisamos treiná-la. Nos acostumar a esperar e aceitar que ter tudo sob controle é, além de impossível, perigoso. Recapacitar, reorganizar —tanto os tempos como as prioridades—, refletir. Dizia santo Agostinho que “a paciência é companheira da sabedoria”. Vamos reservar um tempo para observar que algumas coisas podem esperar sem causar sofrimento, e aprender a saborear o prazer da espera.

(Fonte:https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/07/eps/1525709074_004502.html)

Entenda como a ansiedade dos pais reflete nos filhos

Preocupar-se com o futuro dos filhos é uma ação natural dos pais e mães amorosos que querem sempre o melhor para os seus pequenos (mesmo que eles nem sejam mais tão pequenos assim). Porém, quando essa preocupação se torna tão grande a ponto de gerar muita angústia ou ansiedade nos pais, é hora de rever essa maneira de pensar.

Isso porque a exacerbada ansiedade dos pais pode ser prejudicial ao desenvolvimento infantil. Muitos acham essa ansiedade normal e, além disso, os pais podem ter uma impressão de que seus filhos não percebem o que eles pensam e sentem. Esses são dois equívocos. No artigo de hoje vamos falar como essa ansiedade descontrolada age negativamente nas crianças e como lidar com ela. Acompanhe!

Ansiedade dos pais: prejuízo também para os filhos

A ansiedade é um sentimento inerente aos pais, principalmente aqueles preocupados com o bom desenvolvimento e futuro dos seus filhos nesse mundo agitado em que vivemos. Contudo, quando essa preocupação se torna aflitiva e incontrolável, deixa de afetar somente os pais.

O resultado são crianças cada vez mais novas vivenciando sintomas de de ansiedade, alguns até graves, que prejudicam não só o seu desenvolvimento como também seu bem-estar físico e emocional.

Mas, afinal, como esse sentimento dos pais acabam por chegar aos filhos?

O psicólogo norte-americano e escritor especialista em parentalidade, John Rosemond tem uma teoria interessante sobre o intercâmbio da ansiedade dos pais para os filhos: ele acredita que esse excesso de preocupação (que gera a ansiedade) é transmitido via osmose psíquica para os filhos que, uma vez contagiados pelo sentimento passam a conviver de maneira desajustada com uma série de medos existenciais.

Segundo o escritor, essas crianças começam a sentir e acreditar que o mundo não é um lugar seguro para viverem e que ninguém, nem mesmo os seus pais, serão capazes de protegê-los dos “perigosos” da vida.

E se engana quem acha que somente as crianças sofrem com os pensamentos/emoções/sentimentos dos pais. Os maiores também não escapam dos prejuízos, principalmente quando o foco da ansiedade paterna são suas expectativas com relação ao futuro acadêmico e profissional.

Diante das expectativas de verem seus filhos cursando faculdades e buscando profissões de prestígio, que são vistas como financeiramente promissoras, os filhos adolescentes se vêem perdidos e aflitos. Sigo o que meus pais desejam para mim ou o que eu desejo? E se eu fracassar? E se não atender às expectativas deles? Esses são pensamentos que passam na cabeça dos jovens, e que podem atrapalhar nesse momento tão delicado de escolhas, influenciando inclusive seu rendimento escolar.

Como evitar a ansiedade dos pais?

Mais do que compreender seus papéis de pais, mães e responsáveis, é preciso entender que privar os filhos das dificuldades e dos desafios, bem como expressar demasiadamente seus medos e ansiedade pode ser prejudicial para o desenvolvimento social e emocional deles. A questão aqui não é se fechar para os filhos, mas sim compreender a necessidade de gestão dos próprios pensamentos e emoções para não gerar ansiedade desnecessária (além do que a vida moderna já causa) nos filhos.

Evitar depositar muitas expectativas também é recomendado, pois cada ser humano é único e tem o direito fundamental de se expressar e viver como se é de verdade. Afinal, filho nenhum gostaria de ser responsável pela não concretização de um sonho materno ou paterno, não é mesmo? Se sentir obrigado a seguir um sonho ou uma história que não foi sonhada e desejada por você é algo frustrante.

Por fim, é fundamental ainda que os pais – principalmente os do século XXI – aprendam a lidar com o ciclo natural das coisas, aceitando o seu tempo de evolução e os resultados que nem sempre são os que eles esperam.

Ocupar-se do presente é indispensável para que a ansiedade dos pais seja administrada e o futuro, no seu tempo, possa chegar com qualidade e saúde emocional para toda a família.

(Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/entenda-como-a-ansiedade-dos-pais-reflete-nos-filhos/)

Equipe multidisciplinar faz toda a diferença no acompanhamento clínico de um autista

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    A parceria entre diversos profissionais é a base da intervenção. Sem essa parceria, dificilmente as metas serão atingidas.
   Além do médico psiquiatra, que é quem faz o diagnóstico, o fonoaudiólogo também tem importância: um dos principais déficits do autismo está no desenvolvimento da linguagem, a presença de um fonoaudiólogo na equipe de intervenção é indispensável. É este profissional que avalia e decide por quais fonemas iniciar o treino vocal e orienta a todos na equipe que estratégias utilizar no dia-a-dia para estimular a emissão destes fonemas.
      Outra parceria fundamental na intervenção com autismo é com o terapeuta ocupacional. As crianças diagnosticadas com TEA apresentam uma importante alteração sensorial, ou seja, recebem e decodificam os estímulos sensoriais (táteis, auditivos, visuais, sonoros e olfativos) de forma diferente. Por isso, elas podem reagir de forma exagerada ou diminuída a algumas estimulações sensoriais. 
    É o terapeuta ocupacional que poderá avaliar detalhadamente quais alterações sensoriais a criança possui e, com base nessa avaliação, aplicará procedimentos de Integração Sensorial em suas sessões e, principalmente, orientará familiares, cuidadores e demais membros da equipe sobre como garantir um controle sensorial da criança no dia-a-dia, visando minimizar as estereotipias e, com isso, aumentar a atenção, a concentração e o aprendizado.O terapeuta ocupacional também tem um importante papel no treino das habilidades de coordenação motora fina que podem estar prejudicadas em algumas crianças com TEA.
    Também é fundamental na intervenção com autismo a parceria com pedagogos, tanto os profissionais da escola, quanto psicopedagogos particulares. O olhar pedagógico é indispensável no processo de inclusão escolar, afinal é o pedagogo que fará as adaptações curriculares e de materiais necessárias para que a criança possa ser inserida em uma classe de ensino regular. Avaliando o ritmo de aprendizado da criança o pedagogo pode decidir que conteúdos apresentar em cada momento e em qual velocidade. Compreendendo como a criança aprende (por via visual, auditiva, com material concreto, etc.) o pedagogo orienta professores, auxiliares e ATs (acompanhantes terapêuticos) sobre como apresentar as atividades para a criança com autismo.
    Enfim, muitos outros profissionais podem acabar fazendo parte desta equipe de intervenção em algum momento, a depender das necessidades de cada caso. O importante é que esta equipe seja parceira, mantenha contato frequente e atue de forma coesa em direção a uma meta comum: o desenvolvimento e a melhora na qualidade de vida da criança com TEA e sua família.

O QUE FAZER PARA RESPEITAR A IDENTIDADE DE FILHOS GÊMEOS?

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Roupas iguais, brinquedos compartilhados, frequentar a mesma escola. A vida de gêmeos não é fácil.

Sempre estão defronte a um espelho vivo, um outro que é idêntico a si, mas que não é igual. O outro tem vontade própria.

Apesar de compartilharem cargas genéticas iguais e muitas vezes terem mais que semelhanças físicas (trejeitos e reações podem ser similares), o toque final na personalidade de todas as pessoas é ambiental. E, dia a dia, o ambiente impõe novas adaptações e novas respostas. Em pouco tempo as diferenças aparecem e igual mesmo, só na aparência.

“Por um lado dá para entender os pais que fazem os filhos gêmeos usarem roupas iguais ou compartilhar os mesmo objetos e brinquedos. É uma questão prática: evita brigas na hora de escolher a camiseta, diminui os custos e como são da mesma idade, os brinquedos indicados são basicamente os mesmos”, explica Sylvia van Enck, psicóloga clínica especialista em Terapia Familiar. “Mas promover diferenciações e os limites de espaço de cada um é importantíssimo para essas crianças, principalmente com o passar dos anos”, diz.

Para a psicóloga, a primeira coisa que os pais devem se policiar é em não promover comparações. “Já basta eles se enxergarem, o tempo todo, um no outro. O ideal é valorizar as diferenças como algo positivo e não fazer comparações o tempo todo”, alerta a especialista. Gêmeos podem ter gostos diferentes, reagir diferentemente: um irmão pode gostar de matemática, outro preferir geografia, por exemplo.

Separados na escola

Por isso mesmo o ideal é que gêmeos não estudem na mesma classe. Isto amplia as possibilidades de compor uma identidade própria. “E assim como a cumplicidade latente que a relação entre irmãos gêmeos, as brigas e discussões também são mais intensas. Estar na mesma classe poderia ser nocivo”, afirma Sylvia.

As brigas, diz a especialista, muitas vezes se dão para definir os limites do outro. A não concordância com determinada postura do outro pode ser violenta. “É também uma forma de mostrar para os pais que eles, os irmãos, não querem ser tratados iguais. Isto sem contar questões relativas a ciúmes, cobrança de atenção ou disputa por algo com o irmão”, completa.

Para lidar com todas essas situações a psicóloga sugere que os pais sempre enfatizem diferenças mínimas desde cedo:

• Alterar cores de roupas, ou detalhes e acessórios que as crianças escolham.
• Tentar observar os gostos particulares, como preferência por um ou outro esporte (ser irmão não significa ser uma dupla ou um time).
• Passar um tempo com os filhos (ou filhas) em separado, para que ambos se sintam atendidos em sua necessidade por atenção.
• Evitar deixar as pessoas ao redor chamarem ambos pelo coletivo “os gêmeos”: o nome (e a identidade) de cada um deve ser sempre valorizado.
• Definir espaços (como lados do quarto) e brinquedos diferentes, até mesmo propondo divisões físicas nos armários e etiquetagem de alguns brinquedos ou objetos.
• Acompanhar o progresso escolar como quem acompanha duas pessoas diferentes: as notas não precisam ser iguais, as matérias do gosto de cada um também não.

(Fonte:http://manualdacrianca.com.br/o-que-fazer-para-respeitar-identidade-de-filhos-gemeos/)

Saúde Mental em Foco – Entrevista Drª Giovana Jorge Garcia

Recentemente a Drª Giovana Jorge Garcia participou do programa Saúde Mental em Foco da rádio UEM. O assunto abordado durante a entrevista foi “Transtornos Mentais: Conhecendo melhor os caminhos para o diagnóstico e o tratamento adequado”.
Ouça a reportagem completa.