Os 10 grandes mitos (ideias erradas) sobre o suicídio e sobre os comportamentos autolesivos.

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Adaptado de “Comportamentos suicidários em Portugal”, editado pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia em 2006.
  1. “A pessoa que fala sobre suicídio não fará mal a si própria, apenas quer chamar a atenção“. FALSO, todas as ameaças devem de ser encarados com seriedade, a pessoa está em sofrimento e precisa de ajuda. Muitos suicidas comunicam previamente a sua intenção.

  2. “O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso“. FALSO, apesar de muitas vezes parecer impulsivo pode obedecer a um plano e ter sido comunicado anteriormente.

  3. “Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se“. FALSO, a maioria das pessoas que se suicida conversa previamente com outras pessoas ou liga para uma linha de emergência, o que mostra a ambivalência que subjaz ao ato suicida.
  4. “Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa está fora de perigo“. FALSO, na verdade, um dos períodos de maior risco é o que surge durante o internamento ou após a alta. A pessoa continua em risco.
  5. “A tendência para o suicídio é sempre hereditária“. Desta forma FALSO, há ainda dúvidas acerca desta possibilidade. Contudo, uma história familiar de suicídio é um fator de risco importante, particularmente em famílias onde a depressão é comum.
  6. “Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre uma perturbação mental“. NEM TODOS, mas a maioria apresenta sintomas depressivos. É frequente também a ansiedade, a bipolaridade, os consumos de álcool e drogas, etc. Apenas em 10% das pessoas que consuma o suicídio não se apura diagnóstico psiquiátrico.
  7. “Se alguém falar sobre suicídio com outra pessoa está a transmitir a ideia de suicídio a essa pessoa“. FALSO, não se causam comportamentos suicidas por se falar com alguém sobre isso. Na realidade, reconhecer que o estado emocional do indivíduo é real e tentar normalizar a situação induzida pelo stresse são componentes importantes para a redução da ideação suicida; faz que o paciente sinta que da parte do seu interlocutor há interesse no seu sofrimento.
  8. “O suicídio só acontece aos outros“. FALSO, o suicídio pode ocorrer em todas as pessoas, independentemente do nível social ou familiar.
  9. “Após uma tentativa de suicídio a pessoa vez nunca mais volta a tentar matar-se“. FALSO, uma pessoa que tem uma tentativa prévia ou comportamentos autolesivos de menor letalidade apresenta um muito maior risco de cometer suicídio.
  10. “Quem se magoa de propósito é louco“. PRECONCEITO TERRÍVEL E ERRADO, que inibe as pessoas de pedir ajuda. Quem se magoa de propósito ou considera o suicido está em sofrimento e pode ser ajudado!!

Precisa de ajuda? Conhece alguém que precise? Recorra a um profissional de Saúde (Médico de Família, Serviço de Urgência, Psiquiatra, Psicólogo, etc.).

É possível prevenir o suicídio e a autolesão! Não se deixe enganar por estes mitos, estigmas e preconceitos.

FONTE: http://reflexoesdeumpsiquiatra.com/2014/04/11/os-10-grandes-mitos-ideias-erradas-sobre-o-suicidio-e-sobre-comportamentos-autolesivos/

Separação dos pais: como os filhos reagem a essa decisão

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Os casos de separação e divórcio são cada vez mais frequentes, e, a forma como cada criança reage à separação de seus pais vai depender de vários fatores como: sua idade, a maturidade psicológica, a qualidade da relação com os pais, a existência de problemas emocionais prévios, e o suporte das pessoas com quem convive.

Toda separação gera sofrimento tanto para a mulher como para o homem, qualquer que seja o motivo dessa escolha. No entanto, com a presença dos filhos, os pais muitas vezes acabam confundindo seus sentimentos e adiando decisões a partir dos sentimentos e reações iniciais da criança.

Embora a separação provoque reações psicológicas nos filhos, a convivência em um ambiente familiar infeliz, onde os pais se tratam com hostilidade, é muito mais prejudicial à saúde física e mental da criança. Ao presenciar essas atitudes dos pais, os filhos aprendem que os conflitos interpessoais são resolvidos com agressividade.  Assim, apesar de ser um processo doloroso, na maior parte dos casos, a separação do casal é a decisão mais saudável, pois a partir desse momento, toda a família – pais e filhos – poderão construir relações mais gratificantes.

É normal e compreensível que toda criança reaja a esse evento, que é considerado um dos mais estressantes da infância.  As respostas emocionais podem variar de acordo com a fase do desenvolvimento, com a estrutura psicológica da criança e dos pais. No entanto, tratar o assunto com clareza e verdade é o mais importante sempre. Todas as perguntas da criança devem ser esclarecidas pelos pais, numa linguagem que lhe seja compreensível. Vivendo a situação com verdade, a criança ficará mais fortalecida emocionalmente para lidar com as dificuldades que o divórcio de seus pais proporciona, além de estabelecer relações mais maduras e confiantes no futuro.

A separação e o divórcio podem desencadear na criança algumas fantasias. Ela pode pensar que se os pais deixaram de se amar, que deixará de ser amada por eles a qualquer momento, ou ainda acreditar que os pais se separaram por sua culpa, por ter feito ou dito algo errado. A criança entende que os papéis de marido, mulher, pai e mãe são indissociáveis. Assim, ela leva um tempo para compreender que embora o casal tenha se desfeito, eles não abandonarão seus papéis de pai e mãe.

Todas essas fantasias deixam a criança ansiosa podendo reagir a esses eventos de diversas formas, por exemplo: com agressividade, sintomas depressivos, irritabilidade, birras, queda no rendimento escolar, ou até mesmo regredindo (por exemplo, voltar a fazer uso de chupeta).

Da mesma forma que a criança sente culpa pela separação de seus pais, estes também podem se sentir culpados pelo sofrimento dos filhos desencadeando, muitas vezes sem perceber, atitudes compensatórias (deixar que a criança faça aquilo que deseja na intenção de não magoá-la, comprar presentes, etc.).  O que muitos pais não sabem é que esse tipo de atitude em relação aos filhos acaba deixando-os mais confusos e podem levar a perda dos limites e regras do ambiente familiar, tão necessários à saúde emocional da criança.

Esse é um momento de perda na vida da criança. Tentar “poupá-la” dos sofrimentos que essa perda acarreta através de atitudes compensatórias é prejudicial. É importante que a criança aprenda a lidar com as perdas de forma adequada, sendo esclarecida sobre os fatos para se sentir segura e tendo a capacidade para experimentar frustrações. É dessa forma que ela vai aprender a lidar com as perdas futuras, e se tornar um indivíduo saudável e equilibrado emocionalmente.

Algumas crianças apresentam dificuldades maiores mesmo quando o ambiente familiar, os pais ou outros parentes, oferecem suporte emocional adequado. No caso da criança não superar suas dificuldades emocionais decorrentes da separação de seus pais, mesmo quando tudo vai voltando ao normal após certo tempo, é aconselhável a procura de um profissional da área de saúde mental para avaliar e fazer o melhor encaminhamento do caso, inclusive indicando uma psicoterapia quando necessário.

FONTE:  http://www.plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=58#.VGo32vnF_KM

Solidão mata mais que obesidade!

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Um pouco de solidão faz bem: deixa você até mais criativo. Mas vê se não abusa do tempo longe dos amigos e familiares. Ficar muito tempo na solidão é mais perigoso que a obesidade.

Tão perigoso que mata até duas vezes mais, segundo pesquisa do psicólogo John Cacioppo, da Universidade de Chicago. Ele acompanhou, ao longo de seis anos, o impacto da solidão na saúde de mais de 2 mil pessoas com mais de 50 anos. E percebeu que os mais solitários correm mais riscos de morrer do que quem se sente amado e querido.

É que a solidão eleva a pressão arterial a níveis perigosos: perto da zona de perigo de ataques cardíacos e derrames. Além disso, o isolamento pode enfraquecer seu sistema imunológico, deixar você depressivo, e piorar a qualidade do seu sono. Pois é, a ausência de amigos faz você perder até o sono. Segundo Cacioppo, quando nos sentimos isolados ficamos mais atentos a qualquer ameaça e por isso acordamos com qualquer barulhinho.

Viu só que perigo?

FONTE: http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/solidao-mata-mais-que-obesidade/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super