MICROAGRESSÕES: GRANDES INIMIGAS DOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS

                                     30-05-17

As microagressões são um tipo de maus-tratos psicológicos baseados no desprezo persistente e cotidiano, em uma anulação na qual o outro faz uso das brincadeiras para roubar, pouco a pouco, a nossa autoestima. Estamos diante de um tipo de maus-tratos do qual nem sempre se fala, já que não é tão evidente, não deixa marcas e, às vezes, nem quem o pratica nem quem o recebe são conscientes de que estão diante de uma prática muito destrutiva.

Para entender melhor do que estamos falando, compartilharemos alguns exemplos simples.

É comum que existam homens e mulheres acostumados a dizer a seus parceiros que “adoro o quanto você é desastrado, você sempre alegra meu dia com seus erros e destrambelhos”.

“É melhor que eu fale, porque se você o fizer, vai dar tudo errado”.

“Deixe, não faça isso, eu faço porque com as suas mãos você certamente vai quebrar tudo”.

Assim como podemos ver, são situações nas quais fica presente uma certa sensação de carinho, uma demonstração de proximidade que, na realidade, faz com que a pessoa tome o controle da situação enquanto anula a outra. Propomos um aprofundamento maior deste tema para tomar plena consciência deste tipo de práticas diante das quais precisamos reagir.

Características das microagressões

A relação de um casal se ergue sobre uma série de pilares básicos: respeito, compreensão, empatia, intimidade e cumplicidade. Quando uma destas dimensões falha, as demais também começam a se enfraquecer. Porque sem uma boa comunicação, por exemplo, jamais poderá existir uma empatia adequada, e sem empatia não há uma cumplicidade autêntica.

Uma relação saudável e feliz é como um tecido forte de diversas cores no qual tudo se harmoniza, onde as diferenças são respeitadas porque existe um equilíbrio em todo este conjunto de fios, de bordados e de materiais que formam o tecido. As microagressões são como se, dia após dia, fôssemos puxando um fio até removê-lo, até deixar pequenos buracos por onde escapam a harmonia e a felicidade.

Vejamos agora suas principais características:

A falta de atenção e a subvalorização

A falta de atenção e a subvalorização se traduzem em mostrar um desinteresse declarado em relação ao outro. Portanto, é também um tipo de microagressão que se pratica no dia a dia de forma persistente.

Estes seriam alguns pequenos exemplos que formam um dos inimigos mais comuns em uma relação de casal:

  • Ridicularizar o que o parceiro gosta.
  • Não prestar atenção aos detalhes que cuidam da relação.
  • Não ter tempo nunca para fazer algo juntos ou algo de que o parceiro goste: nenhum momento é bom.
  • Ironizar o que o cônjuge gosta diante de outras pessoas (“passa o dia inteiro lendo, fica perdendo tempo…”)

Anular a outra pessoa fazendo-a se sentir tola

Esta é, sem dúvida, a característica mais comum das microagressões.

No entanto, o mais complexo de tudo isso é que esta prática costuma começar de forma consentida, ou seja, podemos chegar a acreditar que é algo inocente, uma demonstração a mais de afeto ou atenção de nosso parceiro.

Estes são alguns exemplos sobre os quais refletir.

  • A outra pessoa começa a se ocupar de coisas porque afirma que “as faz melhor e economiza nossos esforços”.
  • É comum também que expresse publicamente entre amigos ou familiares as carências que o parceiro “supostamente” tem. “Não sabe cozinhar, quebra todos os pratos em que toca, faz uma bagunça no computador…”
  • Todas estas são condutas desgastantes e muito nocivas para a identidade e autoestima da pessoa.

Falta de confiança progressiva com o parceiro

À medida que vamos sofrendo o impacto das microagressões, vamos experimentando muitas mudanças pessoais. Além de perceber como nossa autoestima se fragmenta, é comum tomar plena consciência de que não confiamos mais em nosso parceiro.

Não fazemos determinadas coisas por medo de receber reprovações ou críticas. Deixamos também de nos comunicarmos comodamente com a outra pessoa porque sua linguagem sempre está caracterizada pela ironia sutil que machuca. Além disso, é comum que a pessoa que recebe este tipo de maus-tratos demore muito para reagir.

Isso acontece porque temos interiorizada a ideia de que quem maltrata agride com a mão ou com a palavra, que levanta a voz ou que freia a nossa liberdade.

As microagressões são como investidas suaves, quase imperceptíveis. No entanto, são um tipo de agressão a mais por todas estas razões que não devemos esquecer:

  • Baseiam-se no desprezo.
  • Buscam anular o outro para adquirir poder.
  • Impedem que a outra pessoa seja ela mesma, que se sinta plena e feliz como é, com o que gosta e o que a caracteriza.
  • Não importam as virtudes que você tenha, suas forças ou seus êxitos. A outra pessoa fará uso das microagressões para que tudo se desvaneça.

Aprendamos a identificá-las e, antes de mais nada, sejamos valentes para encará-las.

Fonte: (http://www.psicologiasdobrasil.com.br/microagressoes-grandes-inimigas-dos-relacionamentos-amorosos/)

7 SINAIS DE QUE ALGUMA COISA NÃO VAI BEM EM SUA MENTE

26-05-17

Na verdade não se pode falar de uma mente “normal” e outra “anormal”. Se você olhar bem, o que em uma determinada época e local é “normal”, em outro tempo e outro lugar pode ser considerado patológico. A mente e o comportamento humano têm manifestações muito variadas, e o fato de saírem do comum não significa dizer que estejamos diante de algum tipo de problema.

Apesar disso, também é bom lembrar que a mente pode apresentar problemas e/ou adoecer. Por exemplo, isto acontece quando alguém desenvolve ideias ou condutas que sistematicamente machucam a si mesmo ou aos outros, ou quando existe uma dificuldade severa para distinguir os fatos das fantasias.

A grande dificuldade está nas pessoas que têm problemas psicológicos e que muitas vezes não são conscientes disso. Em geral isso se reflete em um relacionamento de confrontos: quanto mais graves os problemas, menos consciente a pessoa é. Isso se deve ao fato de que a dificuldade se cria na mente, e essa mesma mente é a que realiza a avaliação.

Por isso é importante estar atentos aos sintomas. Estes se definem como traços, sinais ou características de conduta. Não são conclusivos, mas podem sugerir a existência de alguma dificuldade na mente. A seguir apresentamos 7 deles.

A percepção e os problemas na mente

A percepção é a capacidade de captar o mundo com os sentidos. Audição, visão, tato, paladar e olfato. O correto é perceber as cores, as formas, os cheiros, etc., tal como são. Está bem, ok, existe uma margem, o nosso sistema de percepção é especialista em nos “passar a perna” e não por isso existe um problema sério em nossas mentes. Para determinar se é ou não é, uma dica é avaliar se estas “passadas de perna” estão condicionando a sua vida, e se são ou não a causa de um mal-estar.

Às vezes nossas mentes percebem coisas que realmente não estão ali. Vemos, ouvimos ou sentimos alguma coisa que não existe. Isto é vivenciado de forma muito real, mesmo não sendo. É comum que todos alguma vez tenhamos alguma experiência alucinógena. É comum, por exemplo, quando estamos sozinhos ou estamos em uma casa antiga: nestas situações a mente amplifica a intensidade de qualquer tipo de estímulo. Pense que o problema aparece quando isso se torna constante e o mal-estar que provoca se intensifica.

A organização do pensamento

É compreensível que todos tenhamos momentos ou fases de dispersão. Passamos de um assunto para outro, ou de uma atividade para outra, sem muita ordem. O estresse ainda faz o caos aumentar. Em geral, a consequência é “apenas” mais estresse.

O problema aparece quando essa dispersão se transforma em incoerência e se mantém de forma quase constante. Tal incoerência se refere a uma certa incapacidade de manter o fio de um pensamento ou de uma conversa. A pessoa pula de uma ideia para outra, sem nexo aparente entre uma e outra.

O conteúdo do pensamento

O conteúdo do pensamento denota uma mente afetada quando tem certos traços. O mais notável deles é a fixação. As crenças inflexíveis e intensas são, em si mesmas, um problema. Mas quando além disso estão afastadas da realidade, podem ser fonte de grande angústia.

Uma coisa é que alguém ter uma convicção absurda, mas que consiga superá-la. Isso quer dizer que lhe causa um mal-estar, nem intenso, nem constante, nem frequente. Neste caso, poderíamos falar de uma intolerância. Mas se essa crença fixa causar grandes doses de angústia, poderíamos falar de um problema de outro nível.

O estado de consciência

Na nossa vida diária existem muitos fatos que fogem da consciência. Isso é próprio de qualquer mente “normal”. Por exemplo, acontece quando levantamos da cadeira para fazer alguma coisa e, assim que ficamos de pé, esquecemos ou deixamos para trás de forma deliberada nossas intenções.

No caso destas fugas de consciência se tornarem corriqueiras, ou envolverem fatos relevantes, poderíamos falar de um problema na mente. Se alguém faz alguma coisa e depois não tem ideia de por que ou para que ou como o fez, então há uma boa razão para suspeitar.

A mente e a atenção

Os problemas de atenção têm a ver com uma ausência ou excesso de concentração. Quando existe falta de foco, a mente dança de um lado para o outro, sem rumo. Por exemplo, a pessoa é incapaz de seguir uma instrução passo a passo.

Se, pelo contrário, existe um excesso de foco, a pessoa perde a atenção periférica. Isso quer dizer que é incapaz de se conectar com o entorno quando dirige a sua atenção para alguma coisa. Obviamente, para que seja um problema da mente este sintoma precisa ser severo e se manter presente durante o tempo que os critérios diagnósticos estipulam.

A memória e o reconhecimento

Os lapsos de memória e a incapacidade de reconhecimento podem ter muitas causas. Surgem do estresse, da fadiga, ou do excesso de estímulos, entre outros fatores. A memória humana não é como a de um computador. Por exemplo, pense que as emoções influenciam muito na profundidade com que registramos um fato ou um dado.

O que algumas pessoas chamam de “lacunas mentais” ou amnésias parciais ou totais de fatos relevantes constituem um indicador de que alguma coisa está acontecendo naquela mente. O esquecimento recorrente, ou a incapacidade de reconhecer fatos nos quais esteve envolvido, são fontes de suspeita com fundamento.

A linguagem e a mente

A linguagem é o principal veículo do pensamento. Uma linguagem clara fala de uma mente clara. Mas ao contrário, sempre que existe um problema na mente, isso se reflete em uma linguagem confusa, desorganizada ou pouco pertinente.

No campo da linguagem cabem expressões não estritamente verbais, como o tom de voz ou o gestual. Alguém que não é capaz de sustentar o olhar ou que faz excessivos movimentos quando fala também pode ter problemas. Lembre-se de que neste, como nos outros casos, é necessário que a análise seja feita por um profissional.

(Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/7-sinais-alguma-coisa-sua-mente/ )

Como a ansiedade pode prejudicar o rendimento profissional?

08-05-17

ansiedade pode influenciar de forma bastante negativa o rendimento de um profissional. Oriunda ou não do ambiente de trabalho, essa é uma condição que deve receber atenção o mais rápido possível para evitar consequências mais graves, tanto para o desenvolvimento de sua função quanto para a sua carreira em geral.

A partir disso, separamos a seguir algumas informações sobre como a ansiedade pode prejudicar o rendimento profissional, assim como algumas medidas que podem ser tomadas para tentar modificar essa realidade. Confira!

Consequências mentais e psicológicas

As consequências mentais e psicológicas da ansiedade são as que mais prejudicam o rendimento no trabalho. Esse estado pode acarretar dificuldades de interação entre os profissionais, queda de autoestima e até mesmo aumentar o índice de absenteísmo do funcionário.

Além  disso, em casos extremos de ansiedade não tratada, é possível que o indivíduo evolua para quadros mais sérios, como por exemplo a síndrome do pânico. Dessa forma, é extremamente necessário que o grau de ansiedade seja rapidamente controlado por meio da busca por auxílio de um profissional da área de saúde, visando preservar sua produtividade e bem-estar.

Efeitos físicos da ansiedade podem prejudicar o rendimento

Um quadro agravado de ansiedade pode trazer também consequências para a saúde física do profissional e, assim, acabar prejudicando não só sua carreira profissional, mas também a sua saúde.

Um dos principais sintomas desencadeados pela ansiedade é a insônia, que compromete progressivamente o rendimento do profissional durante o período de trabalho. A falta de sono influencia diretamente no aprendizado, retenção de memória e atenção focada do indivíduo, que são características indispensáveis para o desempenho de qualquer ocupação profissional.

Há ainda os distúrbios alimentares, que podem ser acarretados pela ansiedade. Esses distúrbios podem se caracterizar pela ingestão compulsiva de alimentos, o que influi tanto na saúde orgânica do indivíduo quanto na autoestima, como em casos em que há ganho de massa corporal. Em contrapartida, existem casos opostos, em que o indivíduo passa a ter dificuldade de se alimentar, o que resulta em graves desordens nutricionais que comprometem sua condição física de trabalhar.

Consequências para o ambiente de trabalho

Na grande maioria das vezes, o comprometimento da produtividade de um profissional possui reflexos no ambiente de trabalho como um todo. Esses reflexos se justificam pelo fato de que, geralmente, as funções de uma equipe acabam tendo uma relação de interdependência. Assim, a ausência dos resultados esperados por determinada pessoa acaba influenciando no rendimento da empresa como um todo.

Vale lembrar que também existem as consequências da queda de produtividade para aqueles que esperam o trabalho prestado pelo profissional. Um atraso ou mesmo entrega de um serviço de baixa qualidade não só denigre a imagem do profissional como também pode comprometer o planejamento do próprio cliente.

Soluções

A ansiedade pode prejudicar o rendimento de diversas formas e, portanto, controlar um quadro de ansiedade se mostra extremamente necessário, uma vez que os desdobramentos desse distúrbio atingem as relações profissionais do indivíduo como um todo.

A partir da identificação de queda de produtividade em função de uma situação de estresse ou ansiedade, é recomendável que seja oferecido auxílio psicológico ao profissional, assim como orientação médica e/ou nutricional acerca das consequências físicas e mentais acarretadas pela condição. Assim, com a orientação profissional correta, é possível preservar a produtividade e o bem-estar do profissional na realização de sua função.

Fonte: http://www.psicologiaviva.com.br/blog/rendimento-profissional/