Conheça sete sinais que podem ajudar a identificar TDAH em adultos

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Mais associado a crianças, esse transtorno pode causar problemas de autoestima em todas as idades. Segundo especialistas, é uma condição grave que se caracteriza por um padrão crônico de hiperatividade, falta de atenção e impulsividade – que podem afetar significativamente a qualidade de vida.

Muitos adultos, no entanto, cresceram com o problema e nem sabem que a dificuldade em se concentrar é um problema com tratamento e controle bem definidos. Dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) estimam que 4% da população adulta pode ter déficit de atenção e, aproximadamente, 80% dos casos tiveram início na infância. 

Estes sete sintomas listados abaixo podem estar relacionados diretamente ao diagnóstico deste transtorno. São eles:

Atrasos frequentes
Ao contrário do que acontece com as crianças, que normalmente têm os pais para organizar suas tarefas, os adultos portadores de TDAH apresentam dificuldade freqüente de cumprir horários e compromissos. No trabalho, essas pessoas tendem a adiar tarefas que julgam desinteressantes ou desagradáveis. “Isso é um problema bastante sério, porque atrapalha a produtividade profissional e pode prejudicar o andamento da equipe inteira”, afirma a psicoterapeuta Evelyn Vinocur.

Falta de organização
Geralmente, portadores de TDAH custam a se organizar ou terminar uma tarefa antes de começar outra, transformando a rotina em uma bagunça. Esse quadro dá impressão de que sempre falta tempo para realizar as tarefas necessárias. “Um portador de TDAH tem muita dificuldade de estabelecer prioridades e faz, na maioria das vezes, apenas aquilo que é do seu interesse. Tarefas rotineiras, ainda que importantes, sempre ficam para depois”, diz Evelyn Vinocur.

Dificuldade de manter relacionamentos
As mudanças de comportamento e a dificuldade de seguir regras prejudicam o convívio de adultos com TDAH com outras pessoas. “Eles são normalmente mais mandões e não conseguem cumprir acordos, o que dificulta relacionamentos longos”, diz Evelyn Vinocur. De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, aproximadamente 25% dos adultos com TDAH podem ter sérios problemas de conduta antissocial. “O convívio com outras pessoas é bastante desgastante para esses pacientes, que costumam se sentir isolados e solitários, abrindo espaço para a depressão”, afirma a psicoterapeuta.

Depressão e estresse
Os pais normalmente reparam em alterações de humor nos filhos, facilitando o diagnóstico precoce de TDAH. Mas, nos adultos, o estresse e depressão são mais associados à rotina muito agitada e, raramente, levam as pessoas a um médico que pode fazer o diagnóstico de déficit de atenção.

“Ter dificuldades para se concentrar em tarefas importantes gera bastante estresse e ansiedade. Esses sintomas passam a se manifestar fisicamente, provocando dores de cabeças e nos músculos das costas”, diz a psicóloga Adriana Araújo.

Dificuldade para se expressar
Em situações sociais, principalmente entre pessoas estranhas ou de relacionamento distante, portadores de TDAH sentem um imenso desconforto, com medo de ouvirem perguntas e não saberem como respondê-las. “A dificuldade em se concentrar no que está sendo dito faz com que o paciente vítima de déficit de atenção tenha medo de acompanhar e participar da conversa”, diz a psicóloga Adriana Araújo. Esses adultos muitas vezes mostram uma tendência a interromper os outros, deixam escapar comentários inadequados e falam muito alto, tentando compensar a sua dificuldade de expressão.

Repetir palavras com frequência
Portadores de déficit de atenção também repetem palavras, frases ou mesmo gestos com maior frequência. Segundo Evelyn Vanicur, isso pode se manifestar tanto na fala quanto na escrita. “Esse problema contribui para a dificuldade de se expressar, já que repetir muitas palavras pode parecer nervosismo e insegurança para outras pessoas”, explica.

Problemas ao dirigir
Assim como as crianças, os adultos com TDAH têm dificuldades de realizar tarefas que exijam concentração, como dirigir. Eles tendem a olhar mais para o rádio, celular ou para as pessoas do banco de trás. “Uma pessoa com transtorno de déficit de atenção não precisa parar de dirigir, mas deve procurar um psiquiatra se as distrações começarem a ficar mais frequentes”, alerta Adriana Araújo.

FONTE: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/14282-sete-sinais-identificam-tdah-em-adultos/7

Amor de neto ajuda avó a superar as dificuldades do Alzheimer

Quando Fernando Aguzzoli nasceu, Nilva abandonou a vida social para se tornar avó em tempo integral. Há seis anos, quando foi diagnosticada com Alzheimer, uma doença degenerativa, o neto, hoje com 22 anos, largou carreira e estudos para ficar com ela.

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Eles decidiram que a tristeza não faria parte de suas vidas. Juntos, gravaram momentos da mais pura alegria. “Embora [a doença] fosse uma tragédia, decidimos levar tudo com bom humor”, explica Fernando, que largou o segundo ano da faculdade de filosofia para estar com a avó.

Bastava Fernando dizer que faria um vídeo dos dois juntos que Nilva saía para se arrumar. Ajeitava o cabelo, passava batom e até usava creme.

Ela contava suas histórias, numa espécie de “sessão de lembranças”. Ele dava atenção – e tornava o dia a dia com o Alzheimer mais fácil.

As gravações e os “causos” iam para a página Vovó Nilva, que ele fez em homenagem a ela.

Nem todos os dias eram fáceis, conta ele. Fernando lembra ter ficado indignado quando ela se esqueceu dele pela primeira vez. “Quem sou eu?”, perguntava ele. “Ela passou a mão na minha cabeça e disse: ‘não lembro, mas sei que te amo muito’”, lembra ele.

Quando ela teve infecção urinária, Fernando disse que a avó teria de usar fraldas geriátricas. “Ela ficou constrangida.”

Para contornar a situação, ele mentiu. “É que eu também estou com infecção e fiz xixi pela casa. Você imaginou se a mãe tiver que limpar o meu e o seu também?” A avó usou fralda – e Fernando também.

https://www.youtube.com/watch?v=hX_vS7soQL8

As histórias foram contadas no livro “Quem, Eu?”, escrito por Fernando e lançado pela editora Belas-Letras.

Enquanto ele decide se volta para a faculdade de filosofia ou se vai estudar psicologia, realiza mais um desejo da avó, que morreu no ano passado, aos 79 anos. Pede aos leitores que fotografem o livro – que tem Nilva na capa – em qualquer lugar do mundo.

“Ela queria viajar, mas não tinha dinheiro. É mais uma homenagem”, diz o neto.

FONTE: https://queminova.catracalivre.com.br/geracao-e/amor-de-avo-e-neto-ajuda-a-superar-dificuldades-de-doenca/