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Sinais do bullying escolar

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O bullying é assunto muito delicado e às vezes ignorado por adultos, dentro e fora do ambiente escolar.

A violência verbal e física, disfarçada de brincadeira, acontece desde a infância até à adolescência, e os sinais mais comuns são:

  • Falta de interesse escolar;
  • Mudanças de humor;
  • Isolamento;
  • Tristeza e choro sem motivo aparente;
  • Materiais e uniformes deteriorados (em período escolar presencial);
  • Machucados pelo corpo (em período escolar presencial);
  • Violência.

O bullying pode perdurar por alguns dias ou até anos, sem que à vítima comunique aos pais e educadores.

Além de atrapalhar no desempenho escolar, a exclusão, humilhações e agressões causam extremos sofrimento, podendo ser devastador para a vida adulta e os futuros relacionamentos.

Ao perceber alguns dos sinais citados, é importante conversar e ouvir atentamente a criança/adolescente, o que demonstra amor e compreensão. Assim,  sentimento de rejeição é amenizado, reforçando os de pertencimento e autoestima.

Também é importante que os pais, professores e a diretoria do colégio tenham conhecimento da situação, procurando resolvê-la, assegurando que o ambiente escolar seja seguro e saudável para todos.

Um psicopedagogo ou psicoterapeuta, podem ajudar no suporte e orientação, tanto da criança quanto dos pais, que neste momento acabam ficando muito afetados.

 

 

Altas Habilidades/Superdotação

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Algumas crianças e alunos apresentam habilidades diferentes das demais, seja por meio da comunicação, assimilação de conteúdos e/ou o comprometimento acima da média com atividades.
Quando estes sinais aparecem, é interessante que haja um suporte psicopedagógico para um atendimento espacializado e individualizado, identificando quais habilidades são dominadas pela aluno e assim atender suas diferentes necessidades, sendo possível chegar em um nível de excelência.
É importante salientes que alunos com Superdotação e Altas Habilidades não são melhores ou piores do que os outros, mas possuem características e até necessidades diferentes em questões multidisciplinares.
O diagnóstico não é feito pelo agrupamento das características, até porque se mostram diferentes de pessoa para pessoa, mas percebe-las no dia-a-dia permite que pais e professores possam fazer o encaminhamento ao psicopedagogo.
No campo da afetividade, sociabilidade e também liderança, há características como:
  • Empatia em relação ao outro e sensibilidade exacerbada;
  • Tendencia a questionar regras;
  • Interesse por questões filosóficas, políticas e sociais.
  • Comportamento cooperativo ao trabalhar com outros;
  • Tendência a ser respeitado pelos colegas;
Em relação à motivação e criatividade:
  • Obstinação em procurar informações sobre tópicos do seu interesse;
  • Interesse constante por certos tópicos ou problemas;
  • Comportamento que requer pouca orientação dos professores;
  • Senso de humor;
  • Disposição para fantasiar, brincar e manipular ideias;
  • Atitude não conformista.
E quanto as habilidades intelectuais é perceptível:
  • Vocabulário avançado para a idade ou ano/série;
  • Grande bagagem sobre um tópico específico;
  • Habilidade para transferir aprendizagens de uma situação para outra.
Estas e demais características são altamente perceptíveis por um profissional da educação, como os professores e psicopedagogos, que através do diagnóstico podem auxiliar também os pais destes alunos.
Dra. Danielle Saito – Psicopedagoga
ABPp 322/18

POR QUE BRINCAR É IMPORTANTE?

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Brincar é desenvolver, criar estímulos, trabalhar emoções e preparar para a vida.
Crianças não brincam para se entreter, crianças brincam porque é como conseguem se relacionar com as pessoas e o mundo que as cercam, logo, é brincando que elas crescem. A necessidade da brincadeira se faz no desenvolvimento físico e mental, e a criança aprende pouco a pouco sobre as relações, percebendo também as próprias emoções.
Quanto mais jovens, mais facilidade temos em aprender, assim, aprender brincando é algo bem poderoso, podendo liberar neurotransmissores como a dopamina e serotonina. Estas mudam e agilizam nossas conexões cerebrais, interferindo em regiões responsáveis pela capacidade de concentração e planejamento na vida adulta.  
A junção das brincadeiras com o ensino escolar é poderosa, e em tempo de pandemia e isolamento social, a responsabilidade de brincar acaba ficando totalmente na mãos dos pais ou responsáveis pela criança.
Não só neste momento mas durante toda a infância, o brincar é a atividade obrigatória que pais e mães devem assumir, sendo tão vital quanto às necessidades básicas.
A partir das histórias, quebra-cabeças e brincadeiras lúdicas é possível trabalhar as emoções, afetos e até a sociabilidade da criança. Além disso, quando brincamos com nossos filhos, fortalecemos a confiança e segurança que eles têm em nós.  Assim, nós como criadores, também nos desenvolvemos. 
Karliny Benício – Neuropsicóloga
CRP: 08/1208

MÁGOA


Antes de falar em mágoa, é preciso entender que não existem sentimentos certos ou errados, todos eles fazem parte de nós, o que muda é a forma como os deixamos influenciar em nossas ações.

Esse sentimento pode aparecer em muitos âmbitos, como no trabalho; escola; família e amizades, muitas vezes por um mal entendido ou algum problema de comunicação. Assim como os outros sentimentos, a mágoa, por um acontecimento ou alguém pode crescer se for constantemente revivida e alimentada, e a solução nem sempre é só esquecer.

É interessante tentar entender o que aconteceu, olhando a situação por outras perspectivas, como em terapia, onde conseguimos trabalhar emoções, ressignificar acontecimentos e relacionamentos.

A segregação racial não se limita a consequências sociais.

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Novos estudos científicos feitos nos EUA, mostram que indivíduos negros que cresceram ou passaram a maior parte da vida adulta em bairros altamente segregados, possuem mais chances de desenvolver algum problema relacionado ao desempenho cognitivo.

O estudo vem sendo feito há alguns anos e classifica os níveis de segregação racial desses bairros em alto, médio e baixo. O que, ao longo da pesquisa, comprovou interferir nos níveis de cognição.

Testes de aprendizado verbal, cores e símbolos de dígitos (DSST), foram usados para analisar o desempenho de adultos negros e identificar em quais áreas a segregação mais prejudica no campo da cognição.

Além dos problemas sociais e econômicos que a segregação racial causa, os resultados ilustram as consequências de uma sociedade injusta na saúde física e mental daqueles que ficam às margens e são alvos do racismo estrutural, como disse Harlan Krumholz, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale.

Fonte: Medscape https://bityli.com/B4W1E

Atitudes Compassivas em tempos de Coronavírus


Neste momento em que somos convidados (decretados?) a uma quarentena, ou seja, a nos mantermos no resguardo de nossas casas, pode surgir um receio mais concreto do isolamento social e, finalmente, uma pergunta:
o que fazer para proteger nossa a saúde mental?

Pensando na pandemia de Coronavírus, devemos seguir todas as precauções necessárias para evitar o contágio, mas também refletir um pouco sobre quais mudanças comportamentais nos foram impostas e quais os recursos que vamos mobilizar para um enfrentamento mais efetivo deste período.

Quando uma situação de crise se instala, as pessoas podem apresentar uma série de reações e sentimentos, incluindo sobrecarga e estresse emocional, confusão, desorientação sobre os acontecimentos, incertezas, pânico, medo, ansiedade, hipersensibilidade ou insensibilidade/entorpecimento, dentre outras.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2015), as pessoas reagem de maneira mais adaptativa ou severa, dependendo de alguns fatores, como:

- A severidade do evento, seu tempo de duração e os impactos que provoca;

- A vivência ou experiência de manejo em relação a uma crise anterior;

- O apoio recebido durante a vida e, mesmo diante da crise atual;

- A idade e o estado de saúde física/emocional da pessoa que enfrenta a crise;

- Os valores, cultura e tradições/costumes de uma sociedade.

Tais fatores devem ser considerados para que as pessoas mais vulneráveis recebam suporte, cuidado, conforto e apoio específicos para suas necessidades, assim, protegendo-as de danos adicionais.

Danos adicionais são aqueles que extrapolam o próprio contágio da doença e acabam por somar-se ao evento ampliando o impacto.

Podemos elencar neste grupo a constante repetição ou o excesso de informações – muitas vezes alarmistas, fatalistas, desencontradas, equivocadas ou falaciosas que culminam na geração de um senso de ameaça invisível e incontrolável. Ainda, diante da necessidade de reclusão e isolamento social, algumas pessoas podem se sentir inseguras, angustiadas, com intenso medo de desenvolverem doenças e serem incapazes de se autoprotegerem, ou seja, vulnerabilizadas emocionalmente e com sensação de estarem extremamente expostas ao risco de contágio.

Neste sentido, a instabilidade de comando das autoridades disponíveis, a ameaça de desemprego, a precariedade de acesso a recursos de saúde e a escassez de orientação qualificada são reais fontes de estresse persistente. Por isso, mantenha-se informado apenas acessando notícias confiáveis e fidedignas (o site da Organização Mundial da Saúde, por exemplo), perseverando-se emocionalmente do excesso de informações, e concretamente estabeleça um plano de segurança (reforço na higiene domiciliar e pessoal, hidratação, proteção de crianças e idosos).

Por isso, é importante validar os próprios recursos, sentimentos e habilidades de enfrentamento, pois todos nós podemos escolher algo saudável – mesmo que não possamos controlar completamente os fatores externos.

Sabemos que olhar o mundo pela janela ou acessá-lo pela tela digital tem sido um pequeno conforto para este tempo de isolamento social que as medidas de controle ao novo coronavírus interpuseram entre nós; mas podemos ir muito além. Este pode ser um tempo para o desenvolvimento deste “olhar para dentro”, como um novo aprendizado sobre o que é essencial. O filósofo Coreano Byung-Chul Han (2017) revela:

Aprender a Ver: Habituar o olho ao descanso, à paciência, ao “deixar-aproximar-se-de-si”, isto é, capacitar o olho a uma atenção profunda e contemplativa, a um olhar demorado e lento.

Para quem prefere um roteiro mais didaticamente prático, o Instituto Vita Alere -SP (2020) organizou um material denominado: “Como proteger sua saúde mental em tempos de coronavírus”. Confira a adaptação de alguns tópicos:

- Cuidar de si mesmo e do que é seu: há várias maneiras de cuidar da saúde do corpo e da mente. Experimente exercícios de respiração, meditação e alongamento. Cuide da alimentação, sono regular, mantenha uma rotina de horários (autocuidado, lazer, trabalho, estudos) mesmo estando em casa. Cuidar de si envolve fazer também algo de que goste, como ler, escutar música, dançar, praticar alguma atividade on line. Aproveite para colocar as coisas em ordem, arrumar a casa, organizar os estudos, cuidar daquilo que é seu!

- Praticar a Resiliência: os momentos de crise sempre tem algo a nos ensinar, podemos extrair muitas reflexões sobre o evento, ou seja, tratando da crise com senso de realidade, mas sem pânico. Outras crises virão, algumas já foram superadas e a cada etapa podemos nos sentir mais experientes e preparados para manejar as ocorrências. Lembre-se que a essência fica!

- Não parar seu tratamento: este momento de confinamento nos exige o remanejamento da rotina e a adaptação das atividades e serviços. Alguns tratamentos serão mantidos on line até o retorno presencial. Não abandone seus remédios, acesse seus profissionais de confiança, mantenha-se em contato.

- Pedir ajuda se precisar: a reclusão social pode gerar inúmeros sentimentos contraditórios. Se você perceber que precisa de ajuda, não hesite em contactar um referencial de segurança.

Lembre-se de que parte da segurança emocional nesta situação de isolamento social por conta do Coronavírus pode ser compreendida de várias maneiras. Podemos entender que estamos sendo obrigados à um sacrifico desumano de confinamento, mas podemos também escolher compreender essa necessidade como um engajamento coletivo em prol à saúde todos.

Esse senso de coletividade, de reconhecimento das necessidades próprias, mas também das alheias, faz com que estejamos integrados, conectados, empáticos e compassivos.

A compaixão é a chave para o autocuidado e o cuidado com o outro – elementos fundamentais para a construção de pertencimento humanitário. Diferentemente de autopiedade, a autocompaixão envolve amorosidade, humanidade compartilhada/conexão e contemplação. É quando respeitamos nossos limites e cuidamos de nós que poderemos, efetivamente, olhar para o outro de maneira a reconhecer também os limites e necessidades alheias.

Talvez a pandemia possa nos ensinar isso.

Dra Giovana Kreuz – CRP 08/07196

O uso da Maconha na adolescência realmente traz impactos psicológicos?

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Um estudo recente revisou o impacto a longo prazo do uso de maconha em 23mil adolescentes e foi publicado numa das foi publicado em uma das melhores revistas de psiquiatria do mundo, JAMA.

A pesquisa foi realizada em adolescentes usuários de maconha em comparação com adolescentes não usuários, os resultados foram:
-Risco 37% maior de desenvolver depressão na idade adulta;

-Risco 50% maior de ideação suicida na idade adulta;

-Risco de tentativa de suicídio triplicado na vida adulta;
A Conclusão dos autores: “A alta prevalência de adolescentes consumindo cannabis gera um grande número de adultos jovens que podem desenvolver depressão e comportamento suicida atribuíveis à cannabis. Este é um importante problema de saúde pública, que deve ser adequadamente abordado pelas políticas de saúde pública”.

Enfatizam que as políticas de prevenção devem “educar os adolescentes a desenvolver habilidades para resistirem à pressão do grupo para usarem drogas”.

Para mais detalhes leia aqui: https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/article-abstract/2723657

Como resolver conflitos entre pais e filhos na adolescência?

A adolescência é uma das fases mais difíceis da relação entre pais e filhos, que geralmente travam uma complicada guerra entre quem busca permissão/aprovação e quem proíbe/desaprova. Por conta disso, este período da vida costuma ser chamado de “aborrecência”.

Os pais geralmente se sentem aborrecidos porque é nesta fase que os filhos começam a questionar tudo o que aprenderam durante a infância — desde a forma de se vestir e se comportar, até os valores e visão de mundo. É neste momento que os conflitos começam a surgir: os pais encaram esta nova forma de ver o mundo como desaforo, os filhos são vistos como revoltados e rebeldes e, por não serem compreendidos, a rebeldia acaba se tornando uma realidade.

Nesse conflito, é importante não cometer o erro de tentar encontrar um culpado. Essa é uma etapa nova e desconhecida tanto para pais quanto para os filhos, que devem superar as diferenças sem desgastar a relação familiar. Para evitar brigas desnecessárias, é fundamental ter Inteligência Emocional para administrar os conflitos com consciência.

Inteligência Emocional: como resolver conflitos entre pais e filhos adolescentes

Tenha diálogos produtivos

Uma vez que os pais já passaram pela fase da adolescência, é comum que eles falem coisas como “já passei por isso muito antes de você nascer”. Esta atitude, em vez de demonstrar compreensão, apenas expõe uma interpretação baseada em experiências diferentes e que foram vividas em outro contexto. Pais que respondem dessa maneira impossibilitam que o adolescente reflita a respeito de sua própria vida.

Como trazer consciência à situação: tenha em mente que você não pode tentar proteger o adolescente ou impedir seu sofrimento. Quanto mais você fizer isso, mais ele sofrerá na sua ausência, tornando-se um adulto inseguro e dependente. Portanto, ao falar sobre suas experiências, não se imponha e sempre peça a opinião do adolescente. Levante possibilidades, mas deixe que ele faça as suas escolhas.

Saiba que seu filho cresceu

É durante a adolescência que aparecem os primeiros namorados, e os pais sentem que perderam a atenção exclusiva dos filhos. Muitos pais têm dificuldades de aceitar que o filho cresceu e, inconscientemente, acabam criando regras e colocando limites somente para aprisionar e manter a cria por perto.

Como trazer consciência à situação: perceba se as regras e limites que você está impondo são para proteger seu filho ou para proteger a si mesmo. Lembre-se que o adolescente está na fase de experimentar e descobrir coisas novas, e este processo é muito importante para seu crescimento e desenvolvimento. Portanto, não dificulte as situações.

Seu filho não lhe amará menos porque está namorando, pois essas são formas de amar totalmente diferentes. Além disso, é fundamental confiar no adolescente sem precisar ficar de vigia: quando ele começar a sair, por exemplo, apenas certifique-se de que ele está frequentando um local seguro.

Seja quem você realmente é

Você não é perfeito e, certamente, comete erros, sente tristeza, raiva, medo e tem diversas limitações e fraquezas. Não tente manter a imagem de herói que seu filho enxergava na infância, pois é justamente nessa fase que ele começa a perceber os pais como realmente são: pessoas com todos os defeitos e qualidades. Quanto mais você tentar parecer o que não é, mais o adolescente perderá a confiança em você.

Como trazer consciência à situação: seu filho não deixará de lhe amar porque você comete erros. Comece aceitando suas limitações e suas emoções, sem escondê-las. Fale sobre como você se sente, pergunte como seu filho está e sempre tente lidar com as emoções de forma saudável e construtiva.

Seja exemplo

É muito comum encontrar pais que não largam o celular por um minuto, mas falam para os filhos usarem menos equipamentos eletrônicos. Ou então pais que exigem respeito, mas vivem brigando entre si. Lembre-se que os filhos repetem os comportamentos dos pais, e aquela velha frase “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” só acaba com a sua credibilidade.

Como trazer consciência à situação: observe se suas atitudes estão de acordo com as coisas que você cobra dos seus filhos. As pessoas não mudam com conselhos, mas com exemplos.

Direcione seu foco

Na adolescência a tendência é que aumentem as cobranças em relação aos estudos, amizades, hábitos e à construção do futuro. Nesse contexto, muitos pais acabam criticando, exigindo e cobrando em excesso. Como resultado, estabelecem uma relação rígida, tensa e que deixa as conquistas em segundo plano.

Como trazer consciência à situação: Faça críticas construtivas, sempre explicando suas exigências e cobranças. Jamais utilize frases como “faça isso porque sou sua mãe e estou mandando”. Se houver castigo, explique as razões exatas para a punição. E sempre elogie e reconheça quando o adolescente acerta. Lembre-se: “não fez mais nada que a sua obrigação” não é uma forma de reconhecimento.

Entenda comportamentos e hábitos diferentes

Seu filho está chegando em casa com cheiro de bebida, começou a fumar e tem amizades que você desaprova. Você proíbe que ele faça tudo isso, ele mente. Você descobre e castiga, ele mente ainda mais. Você não quer saber as razões, você simplesmente não aceita e causa ainda mais revolta nos filhos.

Como trazer consciência à situação: Antes de proibir qualquer coisa, converse com seu filho, perceba até que ponto esses comportamentos têm sido prejudiciais e entenda que algumas escolhas do adolescente estão fora do seu controle e fazem parte do aprendizado. Em vez de proibir, converse, respeite as escolhas do adolescente e, se perceber que a situação está saindo do controle, procure ajuda profissional.

Fonte: http://www.sbie.com.br/como-resolver-conflitos-entre-pais-e-filhos-na-adolescencia/

Volta às Aulas: ansiedade em Alunos pode Prejudicar a Relação Familiar

   Alunos ansiosos geralmente não desenvolvem hábitos de estudo e, quando fazem, costumam se utilizar de estratégias ineficientes, estudando por mais tempo e com menos qualidade. A falta de aptidão para estabelecer as próprias metas, planejar, direcionar e monitorar seus esforços tem como consequência um baixo desempenho que, quando recorrente, pode levar ao fracasso escolar.

  Para a família, este cenário é bastante preocupante, pois tais alunos podem apresentar reações como impulsividade, agressividade, oposição, inquietude e que frequentemente geram conflitos em casa.

 O desafio da família em lidar com a situação
Estudar é um trabalho que requer esforço não só dos alunos mas também dos pais, de quem se espera apoio e orientação. Um ambiente familiar favorável precisa fornecer motivação e valorização dos momentos de estudos, além de estrutura física adequada. É também imprescindível que a família entenda que a forma como se estuda é mais importante do que o tempo gasto no processo.
Como os pais conseguem conciliar todos esses desafios com a dinâmica familiar?
Para Júnior Pacheco, educador especialista em acompanhamento escolar há mais de 10 anos, é realmente um desafio para os pais encontrar suporte e orientação adequados: “Os pais se sentem sozinhos na tarefa de conciliar dinâmica familiar com todos estes desafios que se tornam ainda maiores quando se tem mais de um filho. A falta de orientação de qualidade à família é bastante comum e o suporte oferecido pela escola tradicional normalmente é ineficiente e inespecífico.”
Com o propósito de preencher esta lacuna, existem espaços educacionais especializados neste apoio à família, onde profissionais multidisciplinares oferecem auxílio para o desenvolvimento de Estratégias de Aprendizagem personalizadas, ressignificando a relação de cobrança dos pais sobre os filhos.
 Estratégias de Aprendizagem como solução

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Estratégias de aprendizagem são técnicas para facilitar a aquisição, armazenamento e utilização da informação com o propósito de se atingir os objetivos de aprendizagem. A maneira mais comum de se estudar é utilizando as estratégias chamadas de cognitivas, como repetições, cópias, paráfrases e resumos.
Estudos mostram, porém, que só as estratégias cognitivas não são suficientes. Neste contexto, o Força Ensino Personalizado – espaço de apoio escolar na região do Morumbi, em São Paulo – atua de forma mais completa, visando apoiar as famílias no desafio de melhorar o desempenho escolar dos jovens, amenizando quadros de ansiedade e conflitos familiares como consequência.
“Aqui no Força, conseguimos enxergar o aluno em sua individualidade. Podemos, a partir disso, avaliar quais as melhores estratégias de aprendizagem para cada caso. Isso envolve, além das cognitivas, estratégias metacognitivas, com planejamento de estudo, sua monitoração e manutenção. Como resultado, temos estudantes mais autônomos que conhecem e sabem utilizar estas estratégias, realizam atividades mais produtivas e se tornam mais bem preparados para lidar com avaliações e provas. Isso diminui muito o desgaste pessoal e familiar!” –  afirma Maíra Portella, Coordenadora Pedagógica do Força Ensino Personalizado.
O espaço atua com mais de 500 alunos por ano, com atendimentos individuais e em pequenos grupos, aplicando as estratégias de aprendizagem com os objetivos de desenvolver a autonomia e amenizar a ansiedade causada pelos estudos, melhorando assim a performance dos alunos. A equipe também seleciona franqueados interessados em fazer diferença na vida dessas famílias, expandindo o trabalho para outras regiões de São Paulo e do Brasil.
Maíra reforça ainda que as estratégias de aprendizagem são extremamente relevantes, mas não o suficiente em todos os casos: “variáveis psicológicas e motivacionais também devem ser levadas em conta e, por isso, contamos também com o apoio multidisciplinar de profissionais especializados nessas áreas, como psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e coaches”.
Voltar às aulas com esse apoio pode garantir um ano escolar muito mais tranquilo, com mais momentos para as famílias serem mais família! 

Adaptação do texto: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/volta-as-aulas-ansiedade-em-alunos-pode-prejudicar-a-relacao-familiar/

O QUE FAZER PARA RESPEITAR A IDENTIDADE DE FILHOS GÊMEOS?

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Roupas iguais, brinquedos compartilhados, frequentar a mesma escola. A vida de gêmeos não é fácil.

Sempre estão defronte a um espelho vivo, um outro que é idêntico a si, mas que não é igual. O outro tem vontade própria.

Apesar de compartilharem cargas genéticas iguais e muitas vezes terem mais que semelhanças físicas (trejeitos e reações podem ser similares), o toque final na personalidade de todas as pessoas é ambiental. E, dia a dia, o ambiente impõe novas adaptações e novas respostas. Em pouco tempo as diferenças aparecem e igual mesmo, só na aparência.

“Por um lado dá para entender os pais que fazem os filhos gêmeos usarem roupas iguais ou compartilhar os mesmo objetos e brinquedos. É uma questão prática: evita brigas na hora de escolher a camiseta, diminui os custos e como são da mesma idade, os brinquedos indicados são basicamente os mesmos”, explica Sylvia van Enck, psicóloga clínica especialista em Terapia Familiar. “Mas promover diferenciações e os limites de espaço de cada um é importantíssimo para essas crianças, principalmente com o passar dos anos”, diz.

Para a psicóloga, a primeira coisa que os pais devem se policiar é em não promover comparações. “Já basta eles se enxergarem, o tempo todo, um no outro. O ideal é valorizar as diferenças como algo positivo e não fazer comparações o tempo todo”, alerta a especialista. Gêmeos podem ter gostos diferentes, reagir diferentemente: um irmão pode gostar de matemática, outro preferir geografia, por exemplo.

Separados na escola

Por isso mesmo o ideal é que gêmeos não estudem na mesma classe. Isto amplia as possibilidades de compor uma identidade própria. “E assim como a cumplicidade latente que a relação entre irmãos gêmeos, as brigas e discussões também são mais intensas. Estar na mesma classe poderia ser nocivo”, afirma Sylvia.

As brigas, diz a especialista, muitas vezes se dão para definir os limites do outro. A não concordância com determinada postura do outro pode ser violenta. “É também uma forma de mostrar para os pais que eles, os irmãos, não querem ser tratados iguais. Isto sem contar questões relativas a ciúmes, cobrança de atenção ou disputa por algo com o irmão”, completa.

Para lidar com todas essas situações a psicóloga sugere que os pais sempre enfatizem diferenças mínimas desde cedo:

• Alterar cores de roupas, ou detalhes e acessórios que as crianças escolham.
• Tentar observar os gostos particulares, como preferência por um ou outro esporte (ser irmão não significa ser uma dupla ou um time).
• Passar um tempo com os filhos (ou filhas) em separado, para que ambos se sintam atendidos em sua necessidade por atenção.
• Evitar deixar as pessoas ao redor chamarem ambos pelo coletivo “os gêmeos”: o nome (e a identidade) de cada um deve ser sempre valorizado.
• Definir espaços (como lados do quarto) e brinquedos diferentes, até mesmo propondo divisões físicas nos armários e etiquetagem de alguns brinquedos ou objetos.
• Acompanhar o progresso escolar como quem acompanha duas pessoas diferentes: as notas não precisam ser iguais, as matérias do gosto de cada um também não.

(Fonte:http://manualdacrianca.com.br/o-que-fazer-para-respeitar-identidade-de-filhos-gemeos/)