Falando sobre compulsões

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Nos dias de hoje, as compulsões têm se tornado assunto cada vez mais comuns entre todos nós. Diante da rotina exigente, da sobrecarga no trabalho e em casa, das preocupações frequentes e de todos os aspectos que envolvem a vida na sociedade moderna, estamos sendo atraídos para atividades que possam nos gerar prazer imediato e trazer uma sensação de alívio momentâneo da tensão e da angústia. Dentre essas atividades estão os atos de comprar, comer, praticar exercícios físicos, o uso da internet, o sexo e os jogos eletrônicos e de azar.

Todas essas atividades, dependendo da individualidade de cada um de nós, podem ser extremamente prazerosas e não há problemas em tê-las como “válvulas de escape” em alguns momentos de nossas vidas. O que se torna um problema é quando passamos a utilizá-las para obtenção de prazer rápido, imediato e alívio de sentimentos ruins, de forma repetida, impulsiva, não planejada e sem avaliação das consequências a médio e longo prazo. Nesse momento, transformam-se em compulsões. Assim, um comportamento que era normal e saudável passa a se transformar em uma doença, pois se torna irresistível e assume o controle do indivíduo. Ao invés da liberdade tão saudável e necessária de realizar uma atividade prazerosa, passamos a ser aprisionados por comportamentos automáticos que geram muito prejuízo e sofrimento.

Nesse cenário, a compulsão por compras tem se tornado um problema cada vez mais relevante. Na tentativa de lidar com sofrimentos, perdas, frustrações e até com o estresse diário, nos entregamos a impulsos de nos aliviar obtendo objetos novos e, muitas vezes, até desnecessários naquele momento. Já em relação aos episódios de comer de forma compulsiva, um dos comportamentos mais comuns é aquele que busca no ato de se alimentar de maneira abundante, rápida e com alimentos muito prazerosos, o alívio dos pensamentos, a recompensa pelos problemas e o preenchimento de vazios e angústias. Momentaneamente, isso parece funcionar mas, logo os problemas se mostram ainda mais presentes juntamente com a culpa de ter se entregando novamente à compulsão.

Não menos importante, temos os comportamentos compulsivos no uso da internet, smartphones, redes sociais e jogos eletrônicos, os novos amigos íntimos e inseparáveis da maior parte da população. Todas essas atividades, quando realizadas de forma excessiva, acabam perdendo suas principais funções de facilitadoras da vida moderna, nos afastando do mundo real. A procura intensa por sexo, pelo corpo perfeito através da prática de exercícios físicos extenuantes e por jogos de azar, também se tornam problemas quando passam a dominar nossas vidas e ditar o ritmo de tudo.

As causas para o aparecimento das compulsões são inúmeras e ainda têm sido vastamente estudadas. Estudos já apontam para fatores ligados ao desequilíbrio de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina e para alterações em áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal. Inegavelmente, também já sabemos da importância da história de vida de cada um e dos fatores psicológicos e ambientais para o desenvolvimento desses comportamentos.

O caminho mais seguro para a melhora das compulsões e de todos os aspectos negativos relacionados a elas, é a busca por uma ajuda qualificada. É somente por meio do entendimento do significado dos comportamentos compulsivos para cada um e do sofrimento associado a eles, que poderemos estabelecer a melhor forma de ajuda, podendo ela ser farmacológica, através do uso dos psicofármacos disponíveis, e/ou não farmacológica, através da psicoterapia. Nesse sentido, o tratamento tem como objetivo maior restabelecer o equilíbrio e controle sobre atividades que antes eram prazerosas e agora se tornaram aprisionadoras, devolvendo o verdadeiro sentido de liberdade à vida.

Matéria por:
Giovana Jorge Garcia
Psiquiatra | CRM/PR: 24337 | RQE: 17431

Acho que sou bipolar…

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Nas rodas de amigos, no trabalho, entre os familiares ou em consultórios de psiquiatria, essa dúvida em relação a própria bipolaridade ou a bipolaridade de pessoas próximas, é cada vez mais frequente.

  Muitas pessoas se queixam de mudanças frequentes no humor, irritabilidade, compras exageradas e outros descontroles emocionais e relacionam isso à presença da tão falada doença bipolar. Mas afinal, o que é um transtorno bipolar? E… o que não é?

  O Transtorno Afetivo Bipolar se constitui em problema grave de saúde mental no qual podem ocorrer episódios de mania, alternados ou não, com episódios de depressão. E o que é um episódio de mania? É um período distinto de tempo (dias, semanas ou meses), no qual ocorre de forma simultânea alguns sintomas como: humor muito irritado ou eufórico, maior agitação, menor necessidade de sono, mais energia, fala e pensamentos acelerados e maior envolvimento em atividades que dão prazer, como é o caso de compras exageradas e atividade sexual. Quadros de depressão também podem ocorrer alternadamente com os episódios de mania, nos quais o humor permanece entristecido a maior parte do tempo, há desânimo, choro fácil, falta de prazer nas atividades diárias da vida, dificuldade de concentração e memória, alterações do sono e apetite e até pensamentos de morte e de suicídio. É importante ressaltar que todos esses sintomas causam uma alteração do jeito habitual de funcionamento da pessoa, prejudicando as atividades de maneira geral e podendo ser facilmente observado por quem está a sua volta.

  Assim, mudanças repentinas de humor no nosso dia a dia, principalmente quando algo ruim e inesperado acontece, irritabilidade intensa, explosões de raiva, brigas e compras exageradas, isoladamente, não o transformam em uma pessoa com o transtorno bipolar. O reconhecimento dessa doença depende de uma avaliação psiquiátrica aprofundada para que se possa entender todas as questões psicológicas, biológicas e ambientais envolvidas e assim, identificar os sintomas que estão causando sofrimento. O Transtorno Afetivo Bipolar é uma condição psiquiátrica grave que necessita de tratamento o mais precoce possível, para que os sintomas sejam controlados e a vida siga seu curso da melhor maneira possível.

Matéria por:
FELIPE P. DE FIGUEIREDO
CRM/PR 31918 | RQE 17208 / 17215
GIOVANA JORGE GARCIA
CRM/PR: 24337 | RQE 17431 |

Ator de Prison Breake desabafa após ganhar de peso e virar piada na internet

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O que acontece quando um cara que costuma a ser saradão engorda e a foto cai na internet? Surge a famosa montagem lado a lado expondo o antes e depois da pessoa. Mas como só a comparação malvada não basta, surgiram também memes sobre o assunto. E enquanto todos se divertiam, ele pensava em suicídio. Veja só o desabafo abaixo.

Wentworth Miller, conhecido por ser o protagonista de Prison Break, publicou um desabafo no Facebook há algumas semanas criticando uma brincadeira que surgiu por conta do seu peso atual.

A legenda era: “Quando você sai da prisão e descobre o monopólio do McDonald’s

Passado alguns dias da sua publicação, ele escreveu um desabafo em sua página que já ultrapassa os 700 mil likes. Vale a pena ler:

Hoje eu virei um meme. E não foi a primeira vez. Este, no entanto, é diferente dos outros — em 2010, eu estava semi-aposentado, e estava me mantendo longe da mídia por inúmeros motivos. O primeiro e mais importante deles era porque eu era suicida

Este é um assunto que eu já falei sobre, escrevi sobre e compartilhei com vocês. Mas, na época, eu sofri em silêncio, como muitos fazem. O tamanho da minha luta era conhecida apenas por muito, muito poucos. Envergonhado e com dor, eu me considerava um ‘objeto estragado’. E as vozes na minha cabeça me conduziam até o caminho da autodestruição. Não pela primeira vez. 

Eu luto contra a depressão desde criança. É uma batalha que consome o meu tempo, minhas oportunidades, meus relacionamentos e milhares de noites mal dormidas. Em 2010, no ponto mais baixo da minha vida adulta, eu estava procurando qualquer tipo de alívio/conforto/distração. E eu a encontrei na comida. Poderia ter sido qualquer coisa — drogas, álcool, sexo. Mas comer se tornou a única coisa que eu esperava ansiosamente. Eu contava com ela para aguentar o dia. Em um determinado período, o ponto alto da minha semana era comer a minha receita favorita e assistir a um novo episódio de TOP CHEF. Às vezes isso era o suficiente. Precisava ser o suficiente. 

Então, é claro, eu engordei. Grande m*rda. Um dia, enquanto saí para caminhar com um amigo em Los Angeles, nós cruzamos com uma equipe filmando um reality show. Ignorando a minha presença, paparazzi estavam circulando. Eles tiraram fotos minhas, e estas mesmas fotos foram publicadas junto com imagens de uma outra época da minha carreira: “De Gato a Gordinho”, “De Em Forma para Flácido”, etc.

Minha mãe tem um daqueles ‘amigos’ que são sempre os primeiros a darem más notícias. Ele recortou um desses artigos de uma revista conhecida e mandou para ela pelo correio. Ela me ligou, preocupada. Em 2010, lutando pela minha saúde mental, era a última coisa que eu precisava

Resumindo, eu sobrevivi. Assim como essas fotos — e eu estou contente. Agora, quando eu vejo esta imagem minha, usando uma camisa vermelha e com um raro sorriso no rosto, eu me lembro da minha batalha. Minha resistência e minha perseverança ao enfrentar todos os tipos de demônios. Alguns internos, outros externos. 

Como um dente de leão nascendo no meio do concreto, eu persisto. De qualquer forma. Ainda. Apesar de. Eu preciso admitir, foi difícil respirar quando vi esse meme aparecer nas minhas redes sociais pela primeira vez. Mas, como tudo na vida, eu pude redefinir seu significado. E o significado que eu projetei nesta imagem é de força. Cura. Perdão. Minha e dos outros. 

Se você ou alguém que você conhece está lutando, ajuda está disponível. Fale algo. Mande mensagens. Mande e-mails. Pegue o telefone. Alguém se importa. Eles estão esperando ouvir notícias suas. Muito amor“.

 Fonte: www.hypeness.com.br/2016/03/o-que-podemos-aprender-com-a-mensagem-do-ator-de-prison-break-que-virou-meme-apos-engordar/

Carta de uma mãe/pai de autista para os professores de seu filho

carta filho autista

Caro(a) Professor(a)

Talvez você me ache ansiosa. Estou sempre fazendo perguntas na saída e geralmente passo um milhão de recomendações do que fazer ou deixar de fazer. Na agenda, escrevi mais de mil telefones de contato, vivo mandando recadinhos e fazendo perguntas. Talvez você me ache chata demais, ou pouco confiante em seu trabalho. Não é isso!

Foram muitas vezes que eu e meu filho não fomos bem recebidos em instituições de ensino. Muitos viam minha pequena joia rara como um problema e eu não compreendia como as pessoas não conseguiam ver que conviver com meu pequeno era uma sorte, uma dádiva. Depois da palavra “autismo”, a receptividade mudava.

Quando meu filho era apenas um filhotinho, um pinguinho de gente, eu ficava imaginando o primeiro dia de escola: ele de uniforme, com sua pequena mochilinha, indo de mãos dadas com a professora. Perguntava-me se ele ia chorar, se ia gostar, se ia ser difícil adaptá-lo. Mas nada na vida me preparou para o preconceito que vejo nos olhos de tantos educadores e profissionais do ensino quando digo que meu filho é autista. Sentir acolhimento sempre me pareceu algo intuitivo das escolas, mas hoje o que sinto diante das instituições de ensino é justamente o oposto.

A impressão que tantas instituições de ensino passam a nós, pais de crianças autistas, é que ter nossos filhos matriculados não é felicidade, mas um peso a ser carregado. A incompreensão da criança autista, de suas peculiaridades e sua capacidade é enfrentamento constante em nossa jornada.  Vivemos em uma sociedade que ainda não entende quão incríveis são as crianças com TEA, o potencial que elas têm. Nós, pais de crianças autistas, estamos tentando mudar essa realidade com todas as armas que temos, mas confesso ser uma luta por vezes cansativa e desgastante.

No meio desse cenário, diante de tão pouca receptividade de crianças autistas tão lindas como meu filho, acabei por me tornar uma pessoa um tanto quanto receosa sobre como o mundo trata meu pequeno. Não é falta de confiança com o seu trabalho, mas sim o que me tornei diante de um mundo tão pouco compreensivo.

Minha ansiedade é fruto de um coração machucado. Ferido pelo preconceito, pela incompreensão, pela opinião baseada no desconhecimento. Tudo que os pais querem é que o mundo abrace seu filho com carinho, embora saibamos que a vida em sociedade pode ser um pouco cruel. No meu caso, a vida se mostrou cruel com meu filho já na procura de escolas, embora meu pequeno ainda seja inocente demais para perceber tais crueldades.

Sempre achei que a escola fosse ambiente de acolhimento, que os professores fossem preparadores de cidadãos justos e conscientes, mas nos últimos anos percebi que nem sempre é  assim. Comecei a notar que existem escolas particulares que procuram apenas o lucro com o mínimo de trabalho, sentindo-se ameaçadas pela possibilidade de lidar com o diferente – afinal, talvez o diferente exija mudanças, exija mais empenho, exija dedicação. Comecei a notar que escolas públicas muitas vezes são reflexos de uma política governamental em que o incentivo à inclusão muitas vezes esbarra na falta de interesse em maiores investimentos na educação. Comecei a notar que nem todos os educadores querem preparar cidadãos, mas apenas passar o conteúdo determinado. Acreditar na escola como educadora, como inclusiva, como ponte para o desenvolvimento virou um desafio em um meio tão hostil a pais de crianças com necessidades especiais.

Talvez você e a escola que hoje recebem meu filho não estejam preparados para realizar a inclusão, mas tenho certeza que, com boa vontade, dedicação, estudo e amor, podemos transformar a inclusão em realidade, e fazer o meu (agora “nosso”) pequeno  evoluir muito. Procurar adaptar materiais, oferecer tutor, pensar em formas de lecionar que atendam crianças atípicas e típicas pode parecer um trabalho extra que não se teria com uma sala apenas de alunos típicos. Mas eu garanto para você que essas medidas o permitirão fazer parte do desabrochar de tantas crianças ditas “deficientes” e, a partir daí, conhecer uma importância do educador que sequer você conhecia: construir uma sociedade melhor para todos.

Meu querido professor, minha chatice e ansiedade são porque sei que o papel que você tem na vida de meu filho é fundamental. Você com certeza estará na memória de tantas crianças e pais de crianças típicas. Mas, ao incluir meu filho, você estará na história dele como pilar fundamental para seu desenvolvimento, e toda a conquista a partir de você terá você como parte fundamental. Quando (porque eu acredito) meu filho estiver inserido na sociedade, ele deverá isso a você. E eu nunca lhe esquecerei.

Então, espero que me compreenda. Compreenda meu coração apertado, meu falar demais, meus medos, minhas angústias. Espero que entenda que estou depositando uma criança linda e com um grande potencial em suas mãos. Ou mais: que estou depositando minha própria vida em suas mãos, já que esse aluninho em sua sala é o centro de meu universo; é mais do que eu, é mais do que minha alma – ele É minha alma.

Às vezes ele pode ser difícil, pode se jogar no chão, fazer birra. Quem sabe ele responda algo que não se espera. Talvez ele não entenda a atividade que você passa porque ele tem um jeitinho todo especial de pensar. É bem possível que ele queira sair andando pela sala, e não atenda aos seus chamados de imediato. Quando isso acontecer, peço que compreenda que, por trás desses comportamentos, existe uma alma tão pura, mas tão pura que não se importa com que os outros pensam dela. O autista é diferente de nós, tão preocupados com o pensamento dos outros.  Autistas se guiam pela alma e, por isso, muitas vezes têm dificuldade com o convívio social. Não se encontra maldade ou tramas sociais em suas ações. Talvez por isso que sejam apelidados de anjos azuis.

Quando você escolheu ser educador, tenho certeza que não foi pelo dinheiro, porque sabemos que existem outras profissões que poderiam lhe conferir melhor remuneração. Assim, tenho certeza que, quando era jovem e foi prestar vestibular, havia uma empolgação juvenil em seu peito de mudar o mundo pela educação. Talvez o contato direto com o mercado de trabalho, por vezes tão cruel, o dia a dia tão desgastante do trabalhador brasileiro e quem sabe a falta de estrutura tenha apagado um pouco esse sentimento. Mas eu lhe garanto: você pode mudar o mundo; ou pelo menos o mundo do meu filho. Quem sabe mudar o mundo de meu filho seja pouco perto de tantas crianças aí fora, mas lhe garanto que, para ele e para mim, isso é tudo.

Então, caro professor, meu pedido sincero é que deixe meu filho fazer você se apaixonar por ele. E você vai! Acredite em seu potencial. Porque ele tem muito! E principalmente saiba que eu concordo com aquele espírito juvenil que o fez escolher essa profissão. Você realmente pode mudar meu mundo!

Com todo carinho

Pais de crianças autistas.

FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/diario-de-autista/carta-ao-professor/

16 coisas que ninguém te conta sobre tomar antidepressivos

Membros do BuzzFeed Community contaram o que gostariam que as pessoas soubessem sobre antidepressivos.

Consulte sempre um médico para avaliar questões acerca da sua saúde e bem-estar. As postagens do BuzzFeed são feitas com o propósito de informar e não substituem um diagnóstico médico, os tratamentos prescritos ou o aconselhamento de um profissional de saúde.

1. Antidepressivos funcionam de formas diferentes para cada um.

Antidepressivos funcionam de formas diferentes para cada um.

Haejin Park for BuzzFeed / Via buzzfeed.com

“Eu queria que as pessoas soubessem que os antidepressivos não vêm em modelo único. Existem diferentes tipos que funcionam de forma diferente para cada pessoa. Você passa por altos e baixos, lida com os efeitos colaterais, sempre esperando encontrar qualquer coisa que ajude.”

2. E às vezes exigem muita tentativa e erro para encontrar a opção certa.

E às vezes exigem muita tentativa e erro para encontrar a opção certa.

“Eu tomo e paro de tomar antidepressivos há 16 anos, e experimentei pelo menos 12 medicamentos diferentes. Às vezes, os efeitos colaterais podem causar mais problemas e, às vezes, a medicação não ajuda em nada. É tudo tentativa e erro até encontrar um que funcione e que o plano de saúde cubra.”

3. É exatamente como tomar remédios para qualquer doença física.

É exatamente como tomar remédios para qualquer doença física.

“Um professor me disse uma vez: ‘Eu tomo remédio para artrite. Se não tomasse, eu não conseguiria viver a vida como eu vivo. Não tem nenhuma diferença em tomar antidepressivos para a depressão.’”

4. Elas não são pílulas mágicas que deixam você feliz o tempo todo.

Elas não são pílulas mágicas que deixam você feliz o tempo todo.

Accentibles / Via etsy.com

“Todo mundo tem seus dias bons e seus dias ruins. Os remédios com certeza ajudam a deixar você mais dinâmico e resistente ao encarar dificuldades, mas todos têm momentos difíceis. Uma combinação de antidepressivos, aconselhamento, estilo de vida saudável e uma forte rede de suporte é crucial para o sucesso para algumas pessoas.”

5. Sim, eles podem afetar seu impulso sexual.

Sim, eles podem afetar seu impulso sexual.

“Eu comecei a tomar antidepressivos para tratar enxaquecas anos antes de me tornar sexualmente ativa, então eu não sabia a diferença. Não importa o quanto o sexo fosse ótimo, eu levei oito anos para finalmente chegar ao clímax com alguém além de mim mesma.”

6. “Você está sem medicação?” é basicamente a pergunta mais irritante e inapropriada que existe.

"Você está sem medicação?" é basicamente a pergunta mais irritante e inapropriada que existe.

“As pessoas que usam antidepressivos continuam tendo emoções. Só porque elas estão tristes ou com raiva não significa que elas não estão sob medicação. É ofensivo ignorar os sentimentos de alguém, que são totalmente válidos, e dizer coisas como: ‘Você esqueceu de tomar seu remédio?’”

7. Os primeiros dias tomando antidepressivos podem ser bem difíceis.

Os primeiros dias tomando antidepressivos podem ser bem difíceis.

“A forma como você se sente quando começa a tomar antidepressivos não é necessariamente como você vai se sentir sempre enquanto os toma. Os primeiros dias são dramáticos, enquanto seu corpo descobre como lidar com essa nova entrada de substâncias químicas. A primeira vez que eu tomei Lexapro foi como se se as emoções tivessem sido cortadas na raiz, como se eu não pudesse SENTIR nada, e foi assustador. Mas depois de uma semana, meu corpo se ajustou e eu comecei a me sentir como antes, mas ainda melhor. Isso é algo que pode levar semanas. Portanto, se você não estiver gostando de como se sente imediatamente, seja paciente.”

8. Você não precisa chegar ao fundo do poço para precisar deles.

Você não precisa chegar ao fundo do poço para precisar deles.

“Quando eu comecei a tomar antidepressivos, meu namorado na época me disse que eu não estava ‘mal’ o bastante para tomar. Ninguém além de você mesmo compreende o que você está passando mental e fisicamente. Não existe um grau de ‘mal’ em que é aceitável tomar a medicação. É o que você e o seu médico acreditam que é o certo para você e para ajudar.”

9. Você não necessariamente vai precisar deles para sempre.

Você não necessariamente vai precisar deles para sempre.

Kelsey / Creative Commons / Via Flickr: kelseyweaverphotography

“Eu tive um médico que descreveu meus antidepressivos como um gesso: você quebra a perna, então precisa usar um gesso para segurar e ajudar a curar. Você combina isso com fisioterapia para fortalecer sua perna e voltar à forma saudável. Você pode fazer a mesma coisa com antidepressivos. Tome-os, combine-os com terapia e, então, conforme você vai se descobrindo, colabore com seu médico para chegar a um ponto em que você não precisará mais do medicamento.”

10. Mas se você precisar deles por um longo tempo, também não há nada de errado nisso.

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“Quando eu comecei a tomar antidepressivos, eu pensei que o objetivo final era me livrar deles. Toda vez que eu começava a me sentir melhor, eu parava de tomar meus remédios e as coisas pioravam de novo, porque os antidepressivos eram arazão de eu me sentir melhor. Talvez um dia eu pare de tomar, mas eu estou bem mesmo sem saber quando.”

11. Eles não são feitos para transformar você em zumbi.

ABILIFY / Via beenwandering.tumblr.com

ABILIFY / Via beenwandering.tumblr.com

“Antes de tomá-los era como se eu estivesse vivendo embaixo de um peso que eu não conseguia levantar, não importa o quanto eu tentasse. Quando os antidepressivos começaram a funcionar, eu lembro claramente de pensar ‘Nossa, é isso que são as emoções!’ Os antidepressivos me ajudam a ter humores ‘normais’. Isso significa que eu tenho toda a gama de emoções, de boas a más. Eu simplesmente tenho mais controle sobre elas agora.”

12. Eles nem sempre são usados para tratar depressão.

Eles nem sempre são usados para tratar depressão.

Diego_cervo / Getty Images

“Eu comecei a tomar por causa de enxaquecas crônicas. Desde que eu comecei a tomar a medicação, eu durmo melhor e não sofro constantemente com a dor das enxaquecas.”

13. Antidepressivos não necessariamente reprimem sua criatividade.

16 coisas que ninguém te conta sobre tomar antidepressivos
Disney / Via disney.tumblr.com

“Toda a ideia romantizada do ‘artista deprimido’ me deixa MALUCA. NÃO evite tomar medicamentos só porque você pensa que eles vão acabar com a sua criatividade. A depressão mal deixa você sair da cama, quanto mais criar arte. Os antidepressivos me ajudam a ser a artista que eu quero ser.”

14. E eles não dão apenas uma “falsa felicidade.”

E eles não dão apenas uma "falsa felicidade."

daniel julià lundgren / Creative Commons / Via Flickr: kiwoo

“Eu odeio quando as pessoas dizem alguma coisa como ‘Eu odiaria depender de remédios para ser feliz’ ou ‘ficar feliz enquanto toma antidepressivos não é felicidade de VERDADE.’ Me diga isso enquanto eu estou rindo com meus melhores amigos, ou tendo o melhor dia da minha vida viajando (duas coisas que eu não conseguiria fazer se não tivesse minha medicação). Minha medicação simplesmente permite que eu realmente SINTA felicidade de novo, ela não cria felicidade.”

15. Eles não mudam quem você é – mas eles podem ajudar você a ser a versão melhor e mais capaz de si mesmo.

Eles não mudam quem você é – mas eles podem ajudar você a ser a versão melhor e mais capaz de si mesmo.

Flo Perry / BuzzFeed / Via buzzfeed.com

“Aos 15 anos, eu me recusava a tomar antidepressivos por eu achava que eles iriam mudar minha mentalidade e essência e me transformar em uma pessoa diferente. Depois de tomar, eu percebi que não é nem um pouco verdade. Na verdade, eles revelaram quem eu era e quem eu poderia ser.”

16. E, por último, tomar antidepressivos não faz de você um fraco.

E, por último, tomar antidepressivos não faz de você um fraco.

“Pedir ajuda quando você acha que não consegue seguir adiante é uma das maiores demonstrações de força que você pode fazer.”

FONTE: http://www.buzzfeed.com/annaborges/16-coisas-que-ningunm-te-conta-sobre-tomar-antidep#.cbbLLmlgg

 

Neurocientista explica o que há por trás de “explosões” de raiva

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ENTENDER O QUE MOTIVA A SUA RAIVA É O PRIMEIRO PASSO PARA CONTROLÁ-LA

Sabe aquele ódio escaldante que bate quando a internet está lenta? Ou aquele impulso violento de buzinar no trânsito quando alguém fecha sua passagem? Pois esse fenômeno muito comum – a “explosão” de raiva – está sendo estudado. E pode até ser contornado.

Em uma entrevista recente para o Science of Us, o pesquisador R. Douglas Fields explicou os motivos que nos levam a sentir essa raiva tão intensa. Em seu novo livro, Why We Snap: Understanding the Rage Circuit in Your Brain (“Por que explodimos: entendendo os circuitos da raiva em seu cérebro”, em tradução livre), Fields esmiuçou todas as causas que nos levam a “explodir” e agrupou-as em nove seções: integridade física, insulto, família, ambiente, sexo, ordem social, dinheiro, tribo e impedimento, esta última relacionada a tudo que nos tolhe, física ou psicologicamente, e causa a sensação de encarceramento. Sempre que nos sentimos ameaçados em qualquer um desses setores, é como se algo essencial para nossas vidas estivesse em risco – e nosso cérebro se prepara para a briga como meio de defesa.

“Todos temos esses ‘circuitos’ em nossos cérebros, porque os seres humanos se desenvolveram em uma natureza selvagem, em um ambiente em que sobrevive quem é o melhor. Nossos cérebros são os mesmos que tínhamos há cem mil anos. Mas nosso ambiente é totalmente diferente agora”, explicou Fields.

É preciso entender que a “explosão” não é consciente e acontece muito rápido. Isso ocorre porque a parte do cérebro responsável por essas respostas é aquela que detecta ameaças e cria uma forma de responder a elas. Pense em alguém jogando uma bola para você: mesmo que esteja distraído, seu cérebro vai perceber a esfera em sua direção e preparar sua defesa em segundos, antes mesmo que você se dê conta disso. Vale lembrar que existe uma parte gigante do seu cérebro que se ocupa em perceber ameaças, externas e internas, e essas informações estão sempre alimentando seu cérebro – de forma totalmente subconsciente. A resposta física também é automática.

O mais curioso disso tudo é que o instinto responsável pela explosão de raiva que sentimos quando a internet não colabora é exatamente o mesmo que nos move a agir de maneira positiva e instantânea – como muitos atos de “heroismo” de pessoas que salvam alguém em risco e mal se lembram do que fizeram depois. “Esse instinto funciona maravilhosamente na maior parte do tempo. Às vezes, dá errado. E é isso que queremos controlar”, disse.

E como controlar a raiva? O próprio Fields admite: tentar acalmar alguém nervoso, muitas vezes, só deixa a situação pior. “Mas identificando o que gera essa raiva, é possível virar o jogo”, explicou. Quando a pessoa se torna consciente de que este gatilho vem de um instinto ancestral, é mais fácil perceber que reagir raivosamente pode ser um exagero. “De repente, você percebe que isso não é motivo para briga – e o sentimento ruim vai embora”. Entender como alguma coisa funciona sempre é o primeiro passo para usá-la melhor e ter controle sobre ela. Vale o teste.

Fonte: Revista Galileu (Via Science of Us)

Depressão no idoso

depressao idoso

Texto do Prof. Dr. Mario Rodrigues Louzã Neto

Não faz muito tempo. Dizia que o Brasil era um “país jovem”, boa parte de sua população tinha menos de 30 anos de idade. No entanto, uma rápida mudança vem ocorrendo nos últimos anos, tanto no Brasil, como no mundo em geral. O numero de idosos (pessoas acima de 65 anos de idade, a chamada terceira idade) vem crescendo rapidamente na população. No Brasil havia cerca de 10 milhões em 1990; esse numero deve chegar a 15 milhões no ano 2000 e 34 milhões em 2025.

Entre as principais doenças mentais que atingem os idosos está a depressão. É uma doença freqüente em todas as fases da vida, estimando-se que cerca de 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais.

Depressão não é apenas uma tristeza passageira, diante de um fato adverso da vida. A pessoa apresenta uma tristeza profunda e duradoura, acompanhada de desânimo, apatia, desinteresse, impossibilidade de desfrutar dos prazeres da vida. Não se interessa pelas atividades diárias, não dorme bem, não tem apetite, muitas vezes tem queixas vagas como fadiga, dores nas costas ou na cabeça. Aparecem pensamentos “ruins”, como idéias de culpa, inutilidade, desesperança; nos casos mais graves podem ocorrer idéias de suicídio.

As causas da depressão são desconhecidas. Acredita-se que vários fatores – biológicos, psicológicos e sociais – atuando concomitantemente levem à doença. Fatores biológicos, como a presença de depressão em outros membros da família podem ser considerados predisponentes, enquanto fatores psicológicos e sociais, por exemplo, perda de um ente querido, perda de suporte social, podem desencadear um episódio de depressão. Sabe-se que na depressão há alterações no equilíbrio dos sistemas químicos do cérebro, principalmente nos neurotransmissores noradrenalina e serotonina.

O reconhecimento da depressão no idoso muitas vezes é difícil. Preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais dificultam o acesso dos pacientes a um tratamento adequado. Existe a idéia bastante arraigada de que a depressão é um fato “normal” na velhice. Não é! O idoso não precisa ser necessariamente triste. Quando alguém fica desanimado e triste por algumas semanas é preciso levá-lo a um psiquiatra, para uma avaliação especializada, pois pode estar sofrendo de depressão. Muitas pessoas ainda ficam constrangidas de procurar o psiquiatra, diante da idéia de terem uma doença mental. Por causa desses preconceitos, estima-se que cerca de metade dos pacientes deprimidos fiquem sem diagnóstico e tratamento adequados.

A depressão é uma doença como outra qualquer, cujo tratamento tem sofrido avanços significativos nos últimos anos. Medicamentos antidepressivos, que atuam nos neurotransmissores permitem uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro, com a melhora dos sintomas da depressão. Essa recuperação demora algumas semanas, durante as quais o apoio dos familiares é também fundamental. O acompanhamento psicoterápico permite uma complementação do tratamento medicamentoso, propiciando a recuperação da qualidade de vida do idoso.

O que fazer quando a timidez vira doença

timidez

O texto abaixo foi escrito pelo Dr. Jairo Bouer para uma coluna da revista Época.

Você morre de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de aula? Odeia ter de apresentar os resultados da empresa numa reunião da diretoria? Quando vai a uma festa, fica num canto e evita falar com desconhecidos? Na rua, abaixa os olhos ao passar por estranhos? Será que você é apenas tímido ou tem uma tremenda dificuldade de se relacionar e de se expor na frente dos outros? Como saber quando a timidez passa do ponto?

Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.

Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.

Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.

Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.

Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.

É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.

8 atitudes típicas de pessoas que têm depressão, mas não demonstram

26-11-15
Medo ou desconhecimento?

Nesse artigo conheça 8 sintomas de pessoas que levam a vida com o que chamados de “depressão mascarada”, doença que elas tentam esconder ou mesmo que nem sabem que têm.
Embora a sociedade atual demonstre, de modo geral, um maior conhecimento sobre a depressão, o que se vê, muitas vezes, é uma compreensão equivocada desta doença e de seus sintomas.
Por tratar-se de uma doença marcada por um estigma, nem sempre conseguimos identificar familiares ou pessoas próximas que estejam lutando contra a depressão. Pior ainda: devido às concepções equivocadas sobre os diferentes modos de manifestação da doença, e o tipo de ajuda a ser buscado, muitos indivíduos que sofrem de depressão não recebem o devido diagnóstico.
O resultado disso é que muitos indivíduos convivem com uma depressão mascarada – ou seja, invisível para as pessoas que os cercam, ou mesmo para eles próprios. Além disso, nos casos em que não recebeu o diagnóstico adequado, o indivíduo tenderá a lidar com seus problemas de modo a esconder a depressão, e terá dificuldades para reconhecer os verdadeiros sintomas da doença.

É preciso deixar de lado a concepção de que o sofrimento é sempre visível. Deste modo, será possível compreender melhor e oferecer ajuda aos que lutam contra as doenças não manifestas. Listamos, a seguir, alguns sinais de uma pessoa que talvez sofra de uma depressão mascarada.

1. Ela talvez “não pareça deprimida”

Influenciados por estereótipos culturais e veiculados pela mídia, muitos têm uma imagem equivocada do comportamento e da aparência do indivíduo com depressão. Na visão do senso comum, esta pessoa raramente sai de seu quarto, veste-se com desleixo, e parece estar sempre triste. Porém, nem todos que sofrem de depressão têm o mesmo comportamento.

Claro que os indivíduos são diferentes, assim como variam os sintomas e a capacidade de cada um de lidar com a doença. Muitos conseguem exibir um “verniz” de boa saúde mental – como mecanismo de autoproteção –, mas o fato de serem capazes de fazê-lo não significa que eles sofram menos. Do mesmo modo, as pessoas incapazes de mostrar tal “verniz” não são mais “fracas” que as demais.

2. Ela pode parecer exausta, ou queixar-se de um cansaço constante

Um efeito colateral da depressão é um cansaço permanente. Embora este sintoma não se manifeste em todos que sofrem de depressão, ele é muito comum. Em geral, é um dos piores efeitos colaterais desta doença.

Além disso, se o indivíduo não recebeu o diagnóstico de depressão, a causa deste cansaço pode ser uma incógnita. Mesmo que ele durma um número suficiente de horas à noite, talvez acorde na manhã seguinte como se tivesse dormido pouco. Pior que isso: talvez ele culpe a si mesmo, atribuindo isso à preguiça ou então que algum defeito de sua personalidade esteja causando esta sensação de fraqueza e falta de energia.

Este sintoma também acaba se tornando uma dificuldade para quem recebeu o diagnóstico de depressão, mas tenta ocultá-la dos amigos e colegas. Isso porque esta sensação de cansaço afeta o seu ritmo de trabalho e também os seus relacionamentos pessoais.

3. Ela poderá ficar mais irritadiça

O comportamento de uma pessoa com depressão pode ser interpretado equivocadamente, como melancolia. É muito comum que a pessoa deprimida fique mais irritadiça, e que isso não seja interpretado como um sintoma da doença. Isso é compreensível, já que a depressão não é problema de saúde “visível”, e tampouco pode ser medido com precisão – o que dificulta o combate à doença.

Além disso, o esforço constante exigido do indivíduo para lidar, ao mesmo tempo, com as inúmeras demandas de sua vida cotidiana, e com a depressão, suga suas energias, deixando-o impaciente e incapaz de ter a compreensão exata sobre as coisas.

Se o seu amigo ou conhecido recebe o diagnóstico de depressão, e compartilha esta informação com você, uma dificuldade poderá surgir, caso o comportamento desta pessoa não corresponda à imagem (equivocada) que se tem de uma pessoa com depressão: um indivíduo tímido e calado. A tendência a ter “pavio curto” e a irritar-se com facilidade é, na verdade, um efeito colateral da depressão.

4. Para ela, pode ser difícil corresponder ao afeto e preocupação das pessoas ao redor

A ideia equivocada mais comum em relação à depressão, sugerida nos parágrafos acima, é que ela causa um sentimento de tristeza.

Pelo contrário: muitas vezes, o indivíduo com depressão não sente nada; ou então vive as emoções de modo limitado ou passageiro. Depende de cada caso, mas muitos relatam um sentimento parecido com o “torpor”, e o mais próximo que chegam de uma emoção é uma espécie de tristeza, ou irritação.

Deste modo, o indivíduo terá dificuldade para corresponder de modo adequado a gestos ou palavras afetuosas. Ou então nem se dará ao trabalho de manifestar qualquer reação.

 Talvez demonstre uma irritação nada racional: é possível que o cérebro dele tenha dificuldades para processar e corresponder ao seu afeto e carinho.

5. Talvez recuse a participar de atividades de que gostava muito

Uma atípica falta de interesse em participar de atividades – e durante um longo período – pode ser um sinal de depressão. Conforme mencionado acima, esta doença drena a energia do indivíduo tanto no plano físico quanto no mental – o que afeta sua capacidade de sentir prazer com as atividades cotidianas.

Um indivíduo com depressão talvez não se sinta mais atraído por atividades que adorava no passado, pois esta doença acaba dificultando o desfrute de tais atividades, que não satisfazem mais o indivíduo. Se não há nenhum outro sinal visível que possa explicar o interesse cada vez menor do indivíduo por estas atividades, este talvez seja um sintoma de depressão clínica.

6. Talvez passe a ter hábitos alimentares incomuns

O indivíduo deprimido desenvolve hábitos alimentares incomuns por duas razões: como um modo de lidar com a doença, ou como um efeito colateral da ausência do cuidado consigo mesmo. Comer pouco ou em demasia é um sinal comum de depressão. A ingestão excessiva de alimentos é vista como vergonhosa, e neste caso a comida talvez seja a principal fonte de prazer da pessoa com depressão, o que a faz comer além do necessário.

Quando o indivíduo depressivo come pouco, em geral é porque a doença está afetando seu apetite, transformando o ato de comer em algo desagradável. Isso também pode ser uma necessidade subconsciente de controlar algo, já que ele não é capaz de controlar sua depressão. Se a pessoa não recebeu o devido diagnóstico, ou se omitiu diante das pessoas o fato de estar deprimida, elas poderão considerar que os hábitos alimentares “errados” se devem a um defeito de personalidade, e tal “julgamento” fará com que o indivíduo deprimido se sinta ainda pior.

7. Os outros talvez passem a exigir mais de você

Naturalmente, as funções vitais de um indivíduo com depressão não podem ser as mesmas de alguém com boa saúde mental. Haverá coisas que ele não será mais capaz de fazer com a mesma frequência, ou abandonará de vez. Perturbá-lo ou fazer com que ele se envergonhe por causa disso só tende a causar mágoas, em vez de ajudar. Se a depressão é um assunto que ele tem tido dificuldade de abordar, será igualmente difícil para ele lidar com alguém que fique irritado diante de sua incapacidade de agir do mesmo modo que uma pessoa mentalmente sadia.

Por isso, convém sempre ser compreensivo com as pessoas, seja de seu círculo profissional ou do pessoal. Não há como saber se um indivíduo está simplesmente “desacelerando”, ou se está enfrentando um verdadeiro problema de saúde.

8. Ela poderá ter dias ruins, e dias “melhores”

Trata-se de uma doença com altos e baixos. Se o indivíduo sofre de uma depressão mascarada, ou não diagnosticada, pode parecer que suas flutuações de humor são aleatórias, dependendo da regularidade de sua depressão. Para você (e mesmo para ele, no caso de ele não ter recebido um diagnóstico), talvez não haja uma motivação para as alterações de humor, mas esta é simplesmente a maneira como a depressão se manifesta em algumas pessoas.

Se você sabe que o indivíduo sofre de depressão, poderá ter a falsa impressão de que ele, tendo passado por uma sequência de dias “bons”, está definitivamente curado. O fato de ele ter passado um dia melhor do que na véspera pode ser excelente, mas convém que você sempre lhe peça para que ele deixe claro o que consegue ou não fazer, e em que momentos.

Concluir que o indivíduo que sofria de depressão está plenamente recuperado, ou forçá-lo a retomar rapidamente a rotina normal poderá sobrecarregá-lo, e fazer com que ele se “retraia” novamente. Ofereça apoio ao amigo ou parente com depressão, mas deixe que ele tome as decisões necessárias.

Fonte: http://pensadoranonimo.com.br/8-atitudes-tipicas-de-pessoas-que-tem-depressao-mas-nao-demonstram/

Eletrônicos e Internet podem viciar como fumo, álcool e outras drogas

crianças e eletronicos
Médicos alertam para possíveis danos psiquiátricos crianças, jovens e adolescentes por uso exagerado de eletrônicos

Mariana, de 3 anos, mal sabia falar quando começou a usar, sozinha, o computador da avó. A menina tinha apenas um ano e seis meses, e deixou a mãe, Luciane Domingos, assustada ao mostrar intimidade precoce com a tecnologia.

“Ela grava áudios, diz ‘bom dia’ nos grupos do WhatsApp, manda figurinhas e fotos, e as pessoas acham que fui eu. Mas é difícil controlar, às vezes ela pega o celular quando vou ao banheiro”, explica Luciane, que tenta restringir o uso de eletrônicos pela filha.

O contato cada vez maior e frequente de crianças na primeira infância com estes dispositivos preocupa especialistas. A psicóloga da Santa Casa da Misericórdia Simone Freitas afirma que o uso das tecnologias para os pequenos pode ser tão nocivo quanto o de drogas ilícitas. “A cada ponto ganho, o cérebro da criança fica mais dependente”, aponta. Para Simone, é importante que os pais não incentivem o uso de smartphones, tablets e notebooks por crianças menores de cinco anos

“Hoje em dia se acredita que seja considerado um problema psiquiátrico, uma dependência como outra qualquer, como álcool, tabaco, maconha, cocaína. No Brasil, esta dependência está começando agora, mas seguramente é um número que cresce cada vez mais”, afirma a psiquiatra Analice Gigliotti, que organiza o evento.

Segundo ela, determinadas pessoas são mais propensas a ficar mais dependentes. “Você começa a perceber um prejuízo do adolescente, da criança. Eles se isolam, se escondem. É uma maneira de fugir da realidade real por meio de uma realidade virtual. É uma forma de ter uma outra personalidade, ser uma outra pessoa. E isso acaba dando prejuízos reais — em sua saúde, vida acadêmica, vida afetiva, relações sociais”, explicou.

A psicóloga Simone Freitas alerta que os eletrônicos podem influenciar no desenvolvimento social e cognitivo das crianças, que necessitam mais da presença dos pais do que dos smartphones.

“O importante é que os pais não entreguem isso às crianças, no lugar da atenção que eles mesmo devem oferecer a elas”, completa Analice Gigliotti.

Para ela, a internet e as redes sociais não são necessariamente prejudiciais. “Não tem como você impedir que crianças tenham acesso a isso, mas limitar o uso de internet em uma ou duas horas por dia já ajuda”.

Para a especialista em Gestão e Planejamento Educacional Infantil Ester de Carvalho o uso de smartphones é nocivo ao aprendizado. “Tenho alunos que acessam redes sociais, mas não sabem ler corretamente”, lamenta Ester, que trabalha com crianças de 3 a 14 anos.

FONTE: http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2015-11-11/mundo-digital-vicia-como-fumo-alcool-e-outras-drogas.html