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Alimentação saudável na gravidez e o desenvolvimento cerebral dos bebês

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Um estudo sueco publicado no mês passado na revista médica (JAMA)  indicou que mulheres que sofrem de anemia no início da gravidez possuem grandes chances de terem filhos com autismo, transtorno de déficit de atenção, TDAH e até mesmo deficiência intelectual.

O estudo se baseia no fato de que: Diferentes partes do cérebro e sistema nervoso se desenvolvem em diferentes momentos da gestação, portanto, um histórico dessa deficiência nutricional da mãe, principalmente no início da gravidez pode de alguma forma afetar o desenvolvimento cerebral da criança.
Avaliando mais de 300 mil mães e 500 mil filhos nascidos na Suécia, o estudo conclui que as mães com anemia nos períodos iniciais da gestação têm 44% mais chances de filhos com Autismo e 37% mais risco de filhos com TDAH que as mães sem anemia.
Para as mulheres diagnosticadas com anemia no início da gravidez, cerca de 5% dos filhos foram diagnosticados com autismo, em comparação com 3,5% dos filhos de mães sem anemia.
Para o TDAH, foi de 9,3%, contra pouco mais de 7%, e para a deficiência intelectual, 3%, contra 1,3%, respectivamente.

Pesquisas como essa nos alertam como a nutrição materna é imprescindível para o desenvolvimento das crianças, o corpo da mãe nutre e guia o desenvolvimento de todos os sistemas do corpo, inclusive o sistema nervoso e cerebral do bebê, portanto se for engravidar… Alimente-se super bem e procure um nutrólogo ou nutricionista!

 

 

 

 

“Não consigo me concentrar…”

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A queixa de dificuldade de concentração tem se tornado muito comum entres os adultos, principalmente naqueles envolvidos em períodos de maiores exigências acadêmicas. É frequente encontrarmos relatos como: “não consigo ficar sentado por muito tempo, meu pensamento se distrai facilmente, minha memória não fixa o que leio, adio muito as atividades que preciso fazer”. Indiscutivelmente, essas são queixas importantes e que devem ser entendidas e avaliadas dentro do contexto da vida de cada um. Porém, infelizmente, o que vemos é a tentativa de contornar esses problemas com o aumento indiscriminado do comportamento de automedicação, se utilizando de drogas psicoestimulantes aparentemente capazes de aumentar a concentração, e tendo como nosso maior exemplo a famosa ritalina®. 

O uso de psicoestimulantes na psiquiatria é uma realidade e um recurso muito eficaz para o tratamento de um transtorno muito conhecido, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou mais popularmente conhecido como TDAH. O problema está em muitos adultos acreditarem que são portadores dessa doença e atribuírem os seus sintomas a ela.O TDAH é uma doença que pode afetar a população adulta e o seu tratamento, com psicoestimulantes e/ou outras modalidades, como a psicoterapia, torna-se necessário. Entretanto, esse é um transtorno que não se inicia na vida adulta e também não é comum nessa fase da vida. Inicia-se sempre na infância e acompanha o indivíduo ao longo dos anos. É comum na idade pré-escolar predominarem os sintomas de hiperatividade/agitação e, ao longo da vida escolar, início da adolescência e vida adulta, predominarem problemas como a desatenção e impulsividade. Adultos portadores de TDAH sofrem intensamente com a procrastinação, a desorganização, o mau aproveitamento do tempo disponível para as tarefas, dificuldade de terminar tarefas longas e trabalhosas, envolvimentos com o uso de substâncias psicoativas e podem ter prejuízos na vida pessoal e profissional.

Assim, frente a essa queixa comum envolvendo a concentração, uma avaliação psiquiátrica torna-se necessária, uma vez que esse sintoma não é sinônimo de TDAH.

Muitos outros problemas podem estar desencadeando essa dificuldade e precisam ser avaliados, como o estresse, a ansiedade, problemas no sono, alterações hormonais, depressão, algumas alterações neurológicas, entre outros.

Ao contrário do que muitos pensam, o médico psiquiatra não deve ser procurado apenas em casos de depressão, ansiedade e bipolaridade.

A Psiquiatria é a especialidade que lida com todas as formas de comportamento humano (inclusive com a dificuldade de concentração), levando em consideração aspectos biológicos, psicológicos e ambientais. A automedicação, com o uso de psicoestimulantes, parece ser uma solução imediata atraente, no entanto, apenas adia a detecção precisa e o tratamento adequado, quando necessário, do real problema que está causando os sintomas.

Dra. Giovana Jorge Garcia
Médica Psiquiatra
CRM-PR: 24337/RQE:17431

Conheça sete sinais que podem ajudar a identificar TDAH em adultos

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Mais associado a crianças, esse transtorno pode causar problemas de autoestima em todas as idades. Segundo especialistas, é uma condição grave que se caracteriza por um padrão crônico de hiperatividade, falta de atenção e impulsividade – que podem afetar significativamente a qualidade de vida.

Muitos adultos, no entanto, cresceram com o problema e nem sabem que a dificuldade em se concentrar é um problema com tratamento e controle bem definidos. Dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) estimam que 4% da população adulta pode ter déficit de atenção e, aproximadamente, 80% dos casos tiveram início na infância. 

Estes sete sintomas listados abaixo podem estar relacionados diretamente ao diagnóstico deste transtorno. São eles:

Atrasos frequentes
Ao contrário do que acontece com as crianças, que normalmente têm os pais para organizar suas tarefas, os adultos portadores de TDAH apresentam dificuldade freqüente de cumprir horários e compromissos. No trabalho, essas pessoas tendem a adiar tarefas que julgam desinteressantes ou desagradáveis. “Isso é um problema bastante sério, porque atrapalha a produtividade profissional e pode prejudicar o andamento da equipe inteira”, afirma a psicoterapeuta Evelyn Vinocur.

Falta de organização
Geralmente, portadores de TDAH custam a se organizar ou terminar uma tarefa antes de começar outra, transformando a rotina em uma bagunça. Esse quadro dá impressão de que sempre falta tempo para realizar as tarefas necessárias. “Um portador de TDAH tem muita dificuldade de estabelecer prioridades e faz, na maioria das vezes, apenas aquilo que é do seu interesse. Tarefas rotineiras, ainda que importantes, sempre ficam para depois”, diz Evelyn Vinocur.

Dificuldade de manter relacionamentos
As mudanças de comportamento e a dificuldade de seguir regras prejudicam o convívio de adultos com TDAH com outras pessoas. “Eles são normalmente mais mandões e não conseguem cumprir acordos, o que dificulta relacionamentos longos”, diz Evelyn Vinocur. De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, aproximadamente 25% dos adultos com TDAH podem ter sérios problemas de conduta antissocial. “O convívio com outras pessoas é bastante desgastante para esses pacientes, que costumam se sentir isolados e solitários, abrindo espaço para a depressão”, afirma a psicoterapeuta.

Depressão e estresse
Os pais normalmente reparam em alterações de humor nos filhos, facilitando o diagnóstico precoce de TDAH. Mas, nos adultos, o estresse e depressão são mais associados à rotina muito agitada e, raramente, levam as pessoas a um médico que pode fazer o diagnóstico de déficit de atenção.

“Ter dificuldades para se concentrar em tarefas importantes gera bastante estresse e ansiedade. Esses sintomas passam a se manifestar fisicamente, provocando dores de cabeças e nos músculos das costas”, diz a psicóloga Adriana Araújo.

Dificuldade para se expressar
Em situações sociais, principalmente entre pessoas estranhas ou de relacionamento distante, portadores de TDAH sentem um imenso desconforto, com medo de ouvirem perguntas e não saberem como respondê-las. “A dificuldade em se concentrar no que está sendo dito faz com que o paciente vítima de déficit de atenção tenha medo de acompanhar e participar da conversa”, diz a psicóloga Adriana Araújo. Esses adultos muitas vezes mostram uma tendência a interromper os outros, deixam escapar comentários inadequados e falam muito alto, tentando compensar a sua dificuldade de expressão.

Repetir palavras com frequência
Portadores de déficit de atenção também repetem palavras, frases ou mesmo gestos com maior frequência. Segundo Evelyn Vanicur, isso pode se manifestar tanto na fala quanto na escrita. “Esse problema contribui para a dificuldade de se expressar, já que repetir muitas palavras pode parecer nervosismo e insegurança para outras pessoas”, explica.

Problemas ao dirigir
Assim como as crianças, os adultos com TDAH têm dificuldades de realizar tarefas que exijam concentração, como dirigir. Eles tendem a olhar mais para o rádio, celular ou para as pessoas do banco de trás. “Uma pessoa com transtorno de déficit de atenção não precisa parar de dirigir, mas deve procurar um psiquiatra se as distrações começarem a ficar mais frequentes”, alerta Adriana Araújo.

FONTE: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/14282-sete-sinais-identificam-tdah-em-adultos/7

Prevenindo o déficit de atenção

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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresenta sinais típicos como dificuldade de concentração, impulsividade e inquietação, todos num nível acima do normal, trazendo prejuízos para a vida da criança (ou do adulto) e de seus pais. Mas como nosso organismo em geral – e nosso cérebro em particular – pode ser treinado, pesquisas inglesas e norte-americanas vêm propondo estimular as habilidades que apresentam problemas em crianças com TDAH antes mesmo de o diagnóstico ser feito. Como estamos falando de brincadeiras e jogos infantis, não existe preocupação com efeitos colaterais ou prejuízos de longo prazo. É justamente o contrário.

Os pais e as crianças são convidados a participar de programas breves, com poucas semanas de duração, no qual aprendem diversas atividades como brincar de estátua, jogos da memória, “seu mestre mandou”, “morto-vivo” etc. A ideia central é que essas brincadeiras sejam incorporadas à rotina da família, e assim praticadas diariamente. Com isso, de forma divertida e sem contraindicações, os pais ajudam seus filhos a segurar seus impulsos – aguardando até que uma ordem seja completada, ou parando subitamente o que estão fazendo; a prestar atenção – guardando e manipulando informações; e a controlar a inquietação motora – desenvolvendo o autocontrole.

Hoje em dia, em tempos de informação ligeira, de leitura em diagonal e de incapacidade de aprofundamento, um dos maiores diferenciais em termos de educação que os pais podem passar para os filhos é justamente a capacidade de sentar quieto por tempo suficiente para leitura ou estudo. E isso pode ser uma grande brincadeira.

Laber-Warren, E. (2014). Concentrate Scientific American Mind, 25(2), 61-65

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/daniel-martins-de-barros/prevenindo-o-deficit-de-atencao/

As hiperatividades, a criança, seus pais e a nossa sociedade

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Ser hiperativo é normal. Pasmem. Isso mesmo. Tem-se falado muito do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas pouco se tem falado da inquietação normal e esperada da infância.  Nos primeiros 4 a 5 anos de vida, certo grau de agitação é esperado em toda criança. Por um lado, as explicações podem ser dadas pela neurobiologia. Por outro, as próprias modificações ambientais são as responsáveis.

Biologicamente falando, acredita-se hoje em um papel do próprio processo de amadurecimento do cérebro. Estudos utilizando exames de imagem têm comprovado que regiões frontais do cérebro são as últimas a completarem esta formação. Acontece que os processos mentais mais complexos, como a atenção, o “freio motor”, a capacidade de planejamento e a correta execução do que foi planejado, são preferencialmente coordenados, por estas regiões.  Daí o fato de crianças normalmente terem desatenção, hiperatividade e serem usualmente impulsivas, enquanto não alcançam essa maturação cerebral.

Em relação às mudanças ambientais, você já parou para pensar como ficamos “inquietos”, “agitados”, “desconfortáveis” quando algo de ruim nos acontece? Em alguns momentos, até tentamos esconder, mas muitas vezes estes sentimentos se tornam tão intensos que a resposta do corpo é impossível de ser camuflada. Se para nós é difícil, imagina para uma criança, que ainda não sabe nem nomear quando sente “ansiedade”, “tristeza”, “angústia”, e que ainda está aprendendo as regras sociais da “boa convivência”. Assim, fala-se, com razão: a criança sente pelo corpo (ainda mais que os adultos). Qualquer coisa que aconteça em seu meio pode trazer a esta criança um maior grau de agitação.

Ocorre que, algumas vezes, o grau em que estes sintomas acontecem atrapalham o desenvolvimento da criança, e o que poderia ser normal, não parece ser mais. Acontecimentos ambientais trazem um aumento tão grande das movimentações corporais que isto pode necessitar de uma ajuda. Assim, a criança pode chegar a ter dificuldades nas atividades acadêmicas ou na socialização com outras. É o que chamamos de “transtorno”.

Entretanto, esta “dificuldade” não é apenas da criança. Ela acontece por algum desnivelamento em uma balança na qual, de um lado, temos os próprios sintomas da criança e, do outro, as exigências da sociedade na qual ela vive. Portanto, para se falar adequadamente de transtornos na infância, precisamos conhecer estes dois lados: a criança e a sociedade.

Vivemos em uma sociedade na qual cada vez mais somos exigidos e, por isso, cada vez mais exigimos de nossas crianças. É prestar atenção na aula; fazer tarefas conforme as orientações dos adultos; ter horários; seguir regras; tirar as melhores notas, fazer atividades complementares. Cada vez mais exigimos mais cedo que as nossas crianças sejam adultas. Acontece que a natureza não permite e reclama destas exigências. Algumas crianças querem apenas ser crianças, e devem sê-los.  Os pais devem perceber quando isso acontece, para suspeitar que o problema pode estar na sociedade que estamos impondo às nossas crianças (os próprios pais, a família, a escola, o bairro). Neste caso, rever a sociedade, adequando às necessidades do “ser criança”, é o melhor caminho. Cada criança tem seu ritmo e  limite e é preciso respeitá-lo.

 Já em outras ocasiões, o problema está com a criança mesmo. Apesar de todas as adaptações e de uma sociedade relativamente compreensiva, o nível de hiperatividade, de desatenção e de impulsividade de uma criança é tanto, que isto traz consequências extremamente danosas a ela. Estas crianças, não param quietas um só minuto; não focam em quase nenhuma atividade; interrompem os outros de forma muito freqüente; arrumam conflitos com colegas por poucas coisas. Quando isso acontece, o olhar precoce dos pais, percebendo as dificuldades de seus filhos, pode mudar o destino dos mesmos. Uma criança que seria rotulada como a “chata”; a que “arruma confusão”, a “desrespeitosa”; a “burra”, pode passar a ser o oposto disso, permitindo que sua inteligência, sua generosidade e seu amor ao próximo aflorem e seu desenvolvimento social seja o melhor possível.

Hoje, a psiquiatria da infância e adolescência leva muito em consideração o desenvolvimento da criança para definir o que é normal ou patológico na infância. O TDAH, por exemplo, tem sido interpretado muito mais como um transtorno relacionado a um atraso relativo na maturação cerebral e não como um “não-amadurecimento”. Desta forma, com o passar dos anos e com o passar do desenvolvimento cerebral, os sintomas vão normalmente sendo amenizados, até que, um dia, podem chegar a desaparecer. Desta forma, seria melhor dizer que a criança “está com TDAH”e não que ela “tem TDAH”, como costumamos falar.

Esta outra forma de ver os problemas comportamentais na infância destaca o papel dos pais, dos professores e da família para um desenvolvimento adequado da criança. Deve-se olhar e cuidar logo, antes que outros olhares desacreditem no potencial da criança. Quando isso acontece, mesmo quando os sintomas melhoram com o amadurecimento, fica difícil desfazer os rótulos. Uma criança corretamente avaliada e que recebe olhares atentos, se desenvolve de forma saudável e gera ricos frutos para ela mesma, para os pais e para a sociedade.

Felipe Pinheiro de Figueiredo
Médico Psiquiatra
Psiquiatria da Infância e Adolescência
Analista do Comportamento
Doutorando Saúde Mental – FMRP- USP
CRM-PR: 31918

SOMANDO ESFORÇOS NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS MENTAIS GRAVES: PSICOTERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL E PSIQUIATRIA.

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Um dos debates propostos na mesa redonda que aconteceu no III Congresso de Psicologia e Análise do Comportamento (CPAC), promovido pela UEL, entre 15 e 17 de maio deste ano, tratou do assunto abaixo descrito.

Os transtornos mentais na infância podem constituir um grande risco para o desenvolvimento sócio-cognitivo. Detectados e tratados adequadamente, o prognóstico do indivíduo pode ser favorecido. Diante de sua importância, o Psiquiatra e o Psicólogo muitas vezes precisam somar esforços, objetivando a mais rápida e completa resolução da morbidade, e possibilitando a retomada do desenvolvimento normal. A introdução da terceira edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM), da American Psychiatric Association, em 1980 representou uma importante inovação para a Psiquiatria Clínica, na medida em que se introduziu uma mudança paradigmática de um sistema nosológico para um sistema sindrômico e classificatório. Na medida em que o DSM e a CID 10 trazem classificações puramente descritivas, não etiológicas, com categorias definidas operacionalmente, a troca de informação entre a Psiquiatria Clínica e a Psicologia analítico-comportamental tornou-se possível, favorecendo aos psicólogos clínicos a busca de classes funcionais possivelmente concomitantes dentro de um quadro sindrômico, e aos Psiquiatras Clínicos à busca de classes funcionais dentro de um quadro sindrômico definido. A interação entre estas duas formas de pensar pode ser interessante em um contexto de saúde mental, na medida em que favorecem o processo de pensar os déficits ou excessos comportamentais das crianças como possíveis diagnósticos psiquiátricos. Com isso, permite-se a divulgação de possibilidades terapêuticas para a saúde mental da infância (técnicas comportamentais e terapias farmacológicas). Nesta palestra foram apresentados conceitos relacionados ao papel do psicólogo analista do comportamento e do psiquiatra comportamentalmente informado, importantes para o tratamento em saúde mental da infância. Abordaram-se questões sobre o processo de construção do diagnóstico em Psiquiatria da Infância, sobre particularidades da Análise Funcional aplicada à infância e sobre o tratamento conjunto entre psiquiatra e psicólogo.

Felipe Pinheiro de Figueiredo (Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento/ Departamento de Medicina, Universidade de São Paulo- FMRP/ UNICESUMAR, Maringá, Brasil) Mary Elly Alves Negrão (Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto – SP, Brasil) Simone Martin Oliani (Departamento de Psicologia, Faculdade Pitágoras de Londrina, Londrina, Brasil)