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SUICÍDIO: ENQUANTO SE IGNORA, MAIS FAMÍLIAS SOFREM

13-06-17

Falar sobre suicídio é tabu para a sociedade. Para preservar vítima e as famílias e até para não “incentivar” a prática, pouco se discute o assunto, que é um problema de saúde e que, por isso, exige atenção, prevenção e tratamento. “Precisamos falar sobre suicídio para a população para fazermos com que a população entenda que existe tratamento para suicídio, e que é possível identificar uma pessoa com tendência a cometer o ato e encaminhá-la para um atendimento médico e psicológico”, afirma o médico psiquiatra Felipe Pinheiro de Figueiredo.

O especialista explica que existe um sentimento na pessoa que está com intenção suicida, que é a ambivalência. “É um sentimento de querer ir e ao mesmo tempo não querer ir. Se a pessoa está com vontade de se matar, mas ainda não o fez, é porque também tem vontade de viver. E é nisso que temos que apoiar”.

A psiquiatria trata o suicídio como um sintoma, que pode estar relacionado com outras patologias mentais, como esquizofrenia, depressão, transtorno afetivo bipolar, ou transtorno desafiador de posição. “Pode ser um sintoma de vários transtornos relacionados aos comportamentos psiquiátricos e até não psiquiátricos. Quem tem problema de tireoide muito grave pode também ter vontade de se matar. Até condições médicas podem levar ao evento do suicídio. Problemas médicos gerais”, salienta. Dr. Felipe destaca que os pacientes com tendência a cometer suicídio dão Indícios antes da primeira tentativa e é possível familiares captá-los: “por exemplo, uma pessoa que está muito para baixo, isolando-se, com comportamento impulsivo, de fazer coisas sem pensar. Quando, por exemplo, a pessoa fala coisas sem muito nexo”, diz, lembrando que 80% a 90% dos indivíduos que tentam suicídio têm alguma doença mental.

Uma vez detectada a tendência, o ideal, segundo o médico, é o acompanhamento permanente do paciente, como em uma doença crônica, com uma visita mensal ao médico, pelo menos nos meses seguintes ao acontecimento. “O médico vai avaliar se precisa de tratamento medicamentoso, se precisa de tratamento com psicoterapia, se precisa de um tratamento familiar, se precisa de um apoio, por exemplo, de uma enfermeira que fique em casa”, explica.

Cuidados com crianças e adolescentes

O psiquiatra Felipe Pinheiro de Figueiredo chama atenção para os casos de tentativa de suicídio em crianças e adolescentes. O médico diz que as ocorrências vêm aumentando e preocupam os profissionais porque, muitas vezes, a criança não tem, sequer, noção do que exatamente é a morte, de que um suicídio não tem volta. “A criança menor não sabe exatamente o que é a morte, mas ela, às vezes, quando está com um processo de depressão, por exemplo, pode querer acabar com aquilo e fazer alguma coisa contra ela mesma. Isso pode ser muito perigoso, porque ela não sabe muito bem que a morte é para sempre. E ela pode ainda fazer isso como uma brincadeira”, diz. “O adolescente também. É característica da adolescência. É normal os adolescentes serem mais impulsivos. E, por conta dessa impulsividade, eles, às vezes, numa situação banal que cause algum sofrimento, como um término de namoro, um desentendimento com os pais, um fracasso escolar, eles tentam o suicídio”, alerta.

Profissionais de saúde no grupo de risco (com informações do CFM)

O alto índice de suicídio entre médicos e estudantes de Medicina tem sido uma preocupação das entidades médicas de todo o mundo. A mé- dica psiquiatra da USP Alexandrina Meleiro, que estuda o fenômeno, cita que estudos internacionais indicam que os médicos se suicidam cinco vezes mais que a população geral. Para ela, entre os principais motivos para a alta taxa de suicídio dos profissionais médicos, estão o acesso a meios mais eficazes de letalidade, o isolamento social, a situação conjugal insatisfatória e a precária situação empregatícia.

Dentro do segmento, a médica destaca que os estudos sugerem que os anestesistas e os psiquiatras são os mais vulneráveis quando o assunto é suicídio. Entre os alunos de Medicina, o grupo de alto risco se concentra naqueles que demonstram melhor performance escolar, são mais exigentes, têm pouca tolerância a falhas, sentem mais culpa pelo que não sabem, ficam paralisados pelo medo de errar, dentre outras características.

Mais de uma morte por minuto

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, os números também impressionam: segundo o Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, foram registrados 11.821 suicídios em 2012, o que representa, em média, 32 mortes por dia.

O Brasil é o quarto país latino-americano com o maior crescimento no número de suicídios entre 2000 e 2012, segundo relatório divulgado na última semana pela OMS. Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens. Chama a atenção o fato de o número de mulheres que tiraram a própria vida ter crescido mais (17, 8%) do que o número de homens (8,2%) no período de 12 anos. A mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a pesquisa.

UM OLHAR PSICOLÓGICO SOBRE O JOGO “BALEIA AZUL”

02-05-17

O jogo da ‘Baleia Azul’  propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como última etapa. Há pelo menos dois casos de morte sob investigação policial, além de tentativas de suicídio por todo o país, que supostamente podem ter relação com o jogo. O jogo foi um “fake news” (notícia falsa) divulgada por um veículo de comunicação estatal da Rússia que se espalhou a partir de 2015. Porem, ao que tudo consta, com a grande repercussão o jogo que antes não existia, passou a existir.

Como lidar com o tema:

Fique atento à mudanças de comportamento; mudanças bruscas de comportamento dos filhos, pode ser um sinal de que ele(a) está sofrendo e não está sabendo lidar com o sofrimento.

Demonstre interesse; é essencial que os pais se interessem pela rotina de seus filhos, mas que isso não se torne um ato de policiamento e sim, apenas interesse, e que não seja momentâneo apenas por causa do jogo.

Diálogo constante;  o adolescente com autoestima baixa, sem vínculo familiar fortalecido é mais vulnerável a cair neste tipo de armadilha. Por isso que as conversas com os filhos, podem não serem fáceis, mas quando os pais reforçam o diálogo dentro de casa, e se mostram disponíveis para conversas, os adolescentes consequentemente ficaram mais confortáveis em compartilhar suas angústias num ambiente onde o clima é de proteção.

Participação da escola; as escolas podem ajudar muito na prevenção de situações de risco, identificado entre os alunos os mais vulneráveis a se engajarem nestes tipos de jogos, desta forma  podem fazer projetos de conscientização sobre a importância da vida, como é o caso do “contra jogo” Baleia Rosa, que está viralizando na internet, o qual incentiva os jovens a verem o lado bom da vida.

 É extremamente preocupante ver diversos comentários feitos inclusive por pais e educadores, em tons de brincadeira à respeito do jogo. É fácil falar para os adolescentes irem procurar algo mais interessante pra fazer… Porem na adolescência  é onde se da a crise do desenvolvimento, sublinhando as incertezas e indagações do adolescente no sentido de descobrir quem é, e de definir o que virá a ser no futuro, por isso à inquietação dos jovens nesta fase. É preciso olhar para isso, como um pedido de ajuda, e ajudar-los! O CVV – Centro de Valorização a Vida, realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente a todas as pessoas que precisam conversar, o telefone é o (141). Além de que o psicólogo nesta fase é uma ferramenta valiosa para ajudar a família e a escola a lidar com a situação da melhor maneira possível.
Busque ajuda.

Fonte: http://www.noticiascoronel.com.br/2017/04/um-olhar-psicologico-sobre-o-jogo.html

13 Reasons Why: como série que aborda suicídio aumentou em 445% busca por ajuda

19-04-17

Suicídio é um grande tabu: muitas pessoas o tratam como uma vergonha e não como o resultado de um grave transtorno mental e emocional. Uma nova série de ficção - 13 Reasons Why, da Netflix – conseguiu algo muito valioso ao retratar a história de uma menina que tira a própria vida e fazer as pessoas falarem mais sobre isso – houve um aumento notável no número de pedidos de ajuda depois que o programa virou uma “febre”.

Na produção, a morte foi inevitável, mas na vida real, ainda há tempo para identificar e ajudar alguém com comportamento suicida.

A história de uma garota que comete suicídio e deixa fitas cassetes contando os porquês que a levaram a se matar não é mais uma série da ficção. Criada pela Netflix, 13 Reasons Why se conecta com a realidade de uma maneira especial ao mostrar as diversas tentativas falhas de obter ajuda por quem comete suicídio.

Baseada no romance de mesmo nome do escritor americano Jay Asher, a produção conta a história que levou ao fim da vida de Hannah Baker (Katherine Langford). Tudo pelo ponto de vista de Clay Jensen (Dylan Minnette), que era amigo, apaixonado pela garota e ao mesmo tempo um das causas que a levaram a atitude extrema.

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O tom do seriado é tocante e até mesmo perturbador, visto que a cada episódio fica uma pergunta: “Como ninguém percebeu o que estava acontecendo com ela? Por que ninguém ajudou?”

Infelizmente, o suicídio ainda é um tabu que vem acompanhado de frases como “É drama”, “Quem quer faz e não anuncia” e “É só para chamar atenção”. Essas afirmações, que foram inclusive ouvidas pela protagonista de 13 Reasons Why, de nada ajudam. Pelo contrário, elas só incentivam a pessoa a se sentir cada vez mais sozinha e infeliz.

Com apenas uma semana desde sua estreia, o drama fez com que temas polêmicos como bullying, estupro, depressão e suicídio voltassem a ser discutidos. Quem acompanha o Twitter viu a hashtag #NãoSejaUmPorque nos trending topics. Além disso, o Netflix lançou um vídeo com relatos reais de famosos que sofreram bullying.

Mais do que assunto de discussões, os episódios também fizeram crescer o número de contatos feitos com o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação brasileira voltada à prevenção do suicídio que disponibiliza voluntários para conversar anonimamente sobre temas delicados via telefone, internet ou pessoalmente.

De acordo com a assessoria de imprensa do CVV, houve um aumento de 445% no número de e-mails com pedido de ajuda. Entre essas mensagens, 50 citavam o seriado.

Foi notada também uma alta de 170% no número de pessoas que visitam o site e é possível, ainda, que tenha acontecido um aumento no número de telefonemas, mas o CVV leva um pouco mais de tempo para contabilizar o montante de ligações.

Por outro lado, o programa vem também sendo alvo de críticas, uma vez que pode conter os chamados gatilhos, passagens que despertam lembranças ou sentimentos específicos em pessoas que já têm tendências suicidas ou mesmo depressivas. Por isso, é recomendado cautela para quem quer assistir 13 Reasons Why e possui essa característica.

Como identificar o comportamento suicida

Se no seriado não foi possível evitar a morte, na vida real existem atitudes que podem evitar o desfecho trágico. A ajuda de profissionais – psiquiatras e psicólogos – é fundamental e nada a substituirá. Mas, para tornar possível a busca por esse auxílio especializado, a atenção de quem está ao redor do indivíduo em questão é fundamental.

Atitudes características

Imagine uma sensação de tristeza profunda. O coração está tão cheio de mágoas que parece que vai explodir. Já a mente convive com uma confusão e apatia sem fim que não passam em nenhum momento. Então, vem o menosprezo por si próprio, a vergonha e a culpa por sua ações, por mais que elas não tenham sido erradas. Por fim, a vontade de parar de sentir tudo isso e “dormir” para sempre.

Esses são apenas alguns dos inúmeros sentimentos que levam ao suicídio. Erroneamente, há pessoas que acreditam que quem se mata é egoísta, o que não é verdade pois a decisão é fruto de muita dor e sofrimento.

O olhar atento e compreensão são pontos-chave para identificar e evitar o acontecimento. Como cada pessoa lida com a vida e a dor de maneiras diferentes, não há uma lista de sintomas. Mas geralmente são apresentados sinais de comportamento suicida, como:

  • Mudança de comportamento
  • Desanimo
  • Desesperança
  • Agressividade ou impulsividade anormais
  • Não enxergar sentido na vida
  • Isolamento
  • Conversas sobre morte
  • Automutilação
  • Histórico pessoal ou familiar de tentativa de suicídio anterior
  • Perdas recentes
  • Abusos físicos ou sexuais
  • Dependência repentina ou histórico de consumo de álcool e ou drogas

Além disso, alguém que planeja se matar pode passar a “colocar a vida em ordem”, organizando documentos e finanças, se desapegando de pessoas e coisas, doando bens materiais e se despedindo.

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Por fim, relata-se uma mudança positiva de humor pouco antes de o suicida acabar com sua vida, o que faz com que amigos e parentes pensem que a pessoa melhorou. Contudo, isso se deve ao fato que a decisão de se suicidar pode dar alívio ao sofredor.

Fatores que podem causar

Transtornos psiquiátricos
Depressão, esquizofrenia, bipolaridade e distúrbios de personalidade são os principais transtornos mentais que levam a essa atitude extrema. Importante frisar que nem todo desequilíbrio mental vira suicídio, porém quem apresenta esses quadros tem mais chances devido às características e à estigmatização da sociedade, que tem a cruel tendencia de excluir pessoas diferentes.

Doenças não psiquiátricas
De acordo com a cartilha de prevenção de suicídio do Conselho Federal de Medicina (CFM), a presença de doenças crônicas não psiquiátricas, como Aids e esclerose múltipla, também pode levar ao quadro, principalmente se o tratamento não estiver fazendo efeito.

Uso de drogas
O uso de álcool e outras drogas pode colaborar e agravar o quadro de suicídio.

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Bullying
O suicídio é a terceira maior causa de morte entre jovens. O acontecimento pode ser motivado por diversos aspectos comuns da adolescência e início da vida adulta, como abuso de substâncias ilícitas e, assim como a personagem Hannah em 13 Reasons Why, bullying na escola.

Traumas

Abuso sexual, físico ou verbal ou outras situações que incitam a tendência suicida, especialmente se os eventos ocorrerem na infância.

Histórico familiar
A psiquiatra Maria Cristina De Stefano explica que o acontecimento também possui influência genética que causa alterações fisiológicas em neurotransmissores e na química do cérebro. A confirmação de histórico familiar de suicídio pode ser um indício dessa probabilidade.

Como pedir ajuda?
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Respire fundo e saiba que há esperança de uma vida melhor, por mais que ainda não consiga enxergá-la. O primeiro passo para livrar-se dessa tristeza é buscar ajuda de amigos, familiares e profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras.

Outra opção é procurar o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação composta por voluntários que estão dispostos a conversar sobre depressão e suicídio 24 horas por dia. A grande vantagem é que não é preciso se identificar, sendo o atendimento totalmente sigiloso. Entre em contato pelo site do CVV, telefone 141 ou pessoalmente em postos da organização.

Como ajudar alguém?

Se perceber que um colega, amigo ou parente está com sinais de que planeja acabar com a própria vida, busque um profissional da saúde, como psicólogo ou psiquiatra, urgentemente para receber orientações.

Também tente conversar e, principalmente, ouvir a pessoa em sofrimento: frases como “estou aqui para você”, “eu te entendo, sei que é difícil” e “como posso te ajudar?” são simples, mas já fazem a diferença ao mostrar que seu conhecido não está só.

Além disso, é preciso ficar atento a atitudes que indiquem que o indivíduo realizará um atentado contra a própria vida em breve, observando-o e acompanhando sua rotina sempre que for preciso. Os dias que merecem mais atenção são domingo à noite e segunda-feira pela manhã, já que o início de uma nova semana pode aumentar ainda mais o sofrimento.

Fonte: http://www.vix.com/pt/saude/544322/13-reasons-why-como-serie-abordou-suicidio-e-aumentou-em-100-busca-por-ajuda

Transtorno bipolar: sintomas, tratamentos e causas

O que é Transtorno Bipolar?

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O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas “oscilações de humor” entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.

No transtorno Bipolar clássico sem tratamento cada fase dura, em geral, de três a seis meses, depois existe uma fase de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser abreviado.

 

Tipos

Tipos de transtorno bipolar:

  • Transtorno bipolar tipo 1: pacientes apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo 1 era chamado de depressão maníaca
  • Transtorno bipolar tipo 2: pacientes nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão
  • Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.

Causas

A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como:

  • Peculiaridades biológicas: pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a descobrirem as causas exatas da doença
  • Neurotransmissores: um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um importante fator nas causas do transtorno bipolar
  • Hormônios: desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas
  • Hereditariedade: pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da doença
  • Meio ambiente: fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.

Fatores de risco

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtorno bipolar. Confira:

  • Histórico familiar da doença
  • Estresse intenso
  • Uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool
  • Mudanças de vida e experiências traumáticas
  • Ter entre 15 e 25 anos.

Homens e mulheres possuem as mesmas chances de desenvolver a doença.

Sintomas de Transtorno bipolar

Os sintomas de transtorno bipolar depende do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar:

Fase maníaca

  • Distrairse facilmente
  • Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Manter relações sexuais com muitos parceiros
  • Gastos excessivos
  • Hiperatividade
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande agitação ou irritação.

A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.

Fase depressiva

  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.

O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.

Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a estação do ano. Algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias, como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o oposto.

As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.

Episódios de mania e depressão podem resultar também em psicose, doença em que há perda de contato com a realidade.

 

Buscando ajuda médica

Vá acompanhado de um parente, amigo ou pessoa de confiança. A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de uma pessoa com transtorno bipolar. É perfeitamente possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença. O tratamento, no entanto, é indispensável e deve ser seguido à risca.

Mas antes, para facilitar o diagnóstico, anote todos os seus sintomas e descreva-os ao médico em detalhes. A conversa com um especialista é primordial para que este possa realizar o diagnóstico. Tire todas as suas dúvidas sobre seus sintomas e as possíveis causas, siga à risca as orientações médicas e saiba responder corretamente as perguntas que poderão lhe ser feitas.

Veja exemplos:

  • Quando você começou a sentir sintomas de depressão e mania/euforia?
  • Com que frequência você sofre de oscilações de humor?
  • Você já pensou em suicídio?
  • Qual a intensidade de seus sintomas? Eles são ocasionais ou frequentes?
  • Seus sintomas inferem na sua qualidade de vida, em suas atividades diárias, no trabalho ou em seus relacionamentos?
  • Há histórico de transtorno bipolar em sua família?
  • Você faz uso de drogas recreativas, álcool ou cigarros?
  • Quantas horas você costuma dormir à noite?
  • Você passou por alguma experiência traumática recentemente?
  • Houve alguma mudança significativa em sua vida recentemente?

Na consulta médica

Procure imediatamente por auxílio médico se:

  • Você estiver tendo pensamentos de morte ou suicídio
  • Você apresentar sintomas graves de depressão ou mania
  • Você tiver sido diagnosticado com transtorno bipolar e seus sintomas tiverem voltado ou você apresentar novos sintomas

Tenha em mente que transtorno bipolar não desaparece sozinho e que o tratamento é imprescindível para garantir a qualidade de vida do paciente e levá-lo à recuperação.

Diagnóstico de Transtorno bipolar

Quando há suspeita de transtorno bipolar, os médicos geralmente recomendam uma série de exames e testes, que poderão confirmar o diagnóstico por meio da eliminação de possíveis outras causas. Além disso, os exames poderão identificar possíveis complicações decorrentes da doença.

O caminho para o diagnóstico geralmente começa com um exame físico e testes laboratoriais, com exames de urina e de sangue. Depois, o paciente é encaminhado para uma análise psicológica. O médico observará por algum tempo o padrão de comportamento do paciente, bem como suas possíveis alterações de humor.

Se houver suspeita de que outras doenças possam estar causando os sintomas descritos pelo paciente, o médico deverá solicitar a realização de exames específicos, mas estes costumam depender de pessoa para pessoa.

Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Tratamento de Transtorno bipolar

O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento.

Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno bipolar:

  • Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigosos, que ameace a própria vida e a de outras pessoas
  • Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do tratamento
  • Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis
  • Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.

Mas atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são:

  • Evitar a alternância entre as fases
  • Evitar a necessidade de hospitalização
  • Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
  • Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
  • Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios

A psicoterapia é uma outra parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis. Estes incluem:

  • Terapia cognitiva comportamental
  • Psicopedagogia
  • Terapia familiar.

Medicamentos

Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade para problemas de humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como remédios antidepressivos. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor.

Terapia eletroconvulsiva

A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos.

Tratando crianças e adolescentes

Para crianças e adolescentes com transtorno bipolar são prescritos os mesmos tipos de medicamentos utilizados em adultos. No entanto, ainda há pouca pesquisa sobre a segurança e eficácia dos medicamentos para transtorno bipolar em crianças. Os tratamentos são geralmente decididos analisando caso por caso, dependendo dos sintomas, dos efeitos colaterais dos medicamentos e de outros fatores. Assim como acontece com os adultos, a ECT pode ser uma opção para os adolescentes com sintomas de transtorno bipolar 1 graves ou para os quais os medicamentos não demonstram eficácia. A maioria das crianças diagnosticadas com transtorno bipolar necessitam de aconselhamento como parte do tratamento inicial, para evitar a recorrência dos sintomas. Psicoterapia, juntamente com um trabalho dos pais e professores, podem ajudar as crianças a desenvolver e resolver problemas sociais. A psicoterapia também pode ajudar a fortalecer os laços familiares e de comunicação entre os membros da família com a criança ou adolescente. Ela também pode ser necessária para resolver problemas de abuso de substâncias, como drogas e álcool, comum em adolescentes mais velhos com transtorno bipolar.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 Convivendo/ Prognóstico

O paciente com transtorno bipolar provavelmente vai precisar fazer muitas mudanças de estilo de vida para parar com as oscilações de comportamento. Aqui estão algumas medidas que devem ser tomadas e que ajudarão a acelerar a recuperação e tornarão o prognóstico mais tolerável:

Largue vícios

Pare de beber ou de usar drogas, mesmo que seja somente para uso recreativo. Uma preocupação com o transtorno bipolar são as consequências negativas de comportamentos de risco e abuso de drogas ou álcool. Obtenha ajuda se você tiver problemas para sair por conta própria.

Relacione-se com pessoas positivas

Fique longe de relacionamentos que não sejam saudáveis e que não lhe façam bem. Cerque-se de pessoas que são uma influência positiva e evite aquelas que incentivam maus comportamentos ou atitudes que possam agravar os sintomas de transtorno bipolar.

Faça exercícios físicos regularmente

A atividade física regular e moderada pode ajudar a estabilizar o seu humor. Trabalhar fora de casa libera substâncias químicas no cérebro chamadas endorfinas que fazem você se sentir bem e que podem ajudar a dormir, além de trazerem uma série de outros benefícios. Verifique com seu médico e personal trainer antes de iniciar qualquer plano de exercícios, especialmente se você está tomando alguns medicamentos. A atividade física é importante, mas não pode interferir no uso de remédios indispensáveis para o transtorno bipolar.

Durma bem

Dormir o suficiente é essencial para controlar as oscilações de humor. Se você tiver problemas para dormir, fale com o seu médico sobre o que você pode fazer a respeito.

Complicações possíveis

Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações graves, como:

  • Dependência física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas
  • Problemas legais e com a justiça
  • Problemas financeiros
  • Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações pessoais
  • Isolamento e solidão
  • Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral
  • Suicídio.

Expectativas

Os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, os pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania e depressão sejam tratados o mais rápido possível.

Algumas pessoas param de tomar o medicamento assim que se sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação boa. Parar de tomar o medicamento pode causar problemas sérios.

O suicídio é um risco real durante a mania e a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que pensam ou falam sobre suicídio precisam de atendimento médico de emergência.

Fonte: (http://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-bipolar)

Tentativa de suicídio na criança e no adolescente: vamos falar sobre isso?

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Seguindo a linha do outubro rosa e do novembro azul, poucos sabem, mas setembro também foi um mês de cor e de mobilização por uma causa importante. O chamado “setembro amarelo” é internacionalmente conhecido como o mês de alerta para o Suicídio.

Este tem sido um grande tabu para a sociedade, dificultando a troca de informações entre as pessoas. Por motivos religiosos, sociais e até econômicos, poucos tem coragem de falar sobre isso, e, quando falam, quem escuta não tem a menor noção de como agir. Apesar de silencioso, o problema está aí, e cada vez maior e mais intenso. A estimativa para os dias atuais é de que cerca de 800 mil pessoas cometam suicídio anualmente. E o pior é que este é um número bem abaixo do real, afinal, muitas intoxicações por venenos, uso abusivo de remédios, atropelamentos, acidentes automobilísticos, ferimentos por armas brancas ou armas de fogo passam despercebidos como possíveis causas de morte autodirecionada.

O suicídio é só a ponta de um grande iceberg. Quantos são aqueles que pensam, planejam e agem direcionando-se à morte sem necessariamente fazê-lo? (…) Estima-se que apenas 1% dos chamados “comportamentos suicidas” chegam realmente ao sistema público de saúde. O restante, passa despercebido, sendo escondido pelo próprio indivíduo ou pela família, achando que “um dia passa” ou que “era uma tentativa de chamar a atenção”.

E assim, os números vão crescendo. Calcula-se que entre 2000 e 2010 tenha havido um crescimento de cerca de 30% da incidência de casos de suicídio na população jovem. Esta é a parcela da população de maior impacto e na qual, infelizmente, mais vem aumentando os casos de comportamentos suicidas. Nossos jovens estão buscando a própria morte e ninguém tem falado sobre isso. Falta a informação à população de que isso existe, e que pode até ser uma tentativa de chamar atenção, mas se este jovem precisa de algo tão extremo para chamar a atenção, é um sinal de que algo não vai bem em sua vida psíquica…

Adolescentes a partir dos 11 anos têm um conhecimento mais claro do que é a morte socialmente conceituada. Nestes, muitos comportamentos são direcionados com a intenção de chegar-se ao ato. Abaixo desta faixa etária, em crianças, a intencionalidade da morte nem sempre é tão óbvia assim. Até porque a morte, para muitas crianças, pode ser apenas uma forma de dormir mais cedo ou uma forma de “encontrar” um ente querido ou até um animal de estimação do qual sente muita falta.

De qualquer forma, devemos nos alertar a qualquer comportamento lesivo autodirecionado, independentemente da idade da pessoa que o comete, da intencionalidade ou do real conhecimento do conceito da morte. Precisamos nos atentar às diferentes formas de se pedir ajuda, inclusive as que não passam tão claramente pelas palavras, e sim por atos.

Muitas vezes, a família, contaminada pelos sentimentos de raiva, impotência, desespero ou dúvida, acaba não conseguindo perceber claramente o risco dos atos. Por isso, a avaliação da real intencionalidade e do risco de novas tentativas precisa SEMPRE passar pelo julgamento de um médico com habilitação e experiência no assunto. Escute nossos jovens, eles podem estar querendo falar.

Dr. Felipe Pinheiro de Figueiredo, médico Psiquiatra da Infância e Adolescência, CRM-PR 31918, Especialista em Análise do Comportamento, Doutor em Saúde Mental pela faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Atua na “Essentia- Clínica de Psiquiatria”, em Maringá, no Centro de Atenção Psicossocial Infanti-juvenil (CAPSi) e é professor de Psiquiatria do curso de Medicina da UNICESUMAR.

Os 10 grandes mitos (ideias erradas) sobre o suicídio e sobre os comportamentos autolesivos.

solidariedade

Adaptado de “Comportamentos suicidários em Portugal”, editado pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia em 2006.
  1. “A pessoa que fala sobre suicídio não fará mal a si própria, apenas quer chamar a atenção“. FALSO, todas as ameaças devem de ser encarados com seriedade, a pessoa está em sofrimento e precisa de ajuda. Muitos suicidas comunicam previamente a sua intenção.

  2. “O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso“. FALSO, apesar de muitas vezes parecer impulsivo pode obedecer a um plano e ter sido comunicado anteriormente.

  3. “Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se“. FALSO, a maioria das pessoas que se suicida conversa previamente com outras pessoas ou liga para uma linha de emergência, o que mostra a ambivalência que subjaz ao ato suicida.
  4. “Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa está fora de perigo“. FALSO, na verdade, um dos períodos de maior risco é o que surge durante o internamento ou após a alta. A pessoa continua em risco.
  5. “A tendência para o suicídio é sempre hereditária“. Desta forma FALSO, há ainda dúvidas acerca desta possibilidade. Contudo, uma história familiar de suicídio é um fator de risco importante, particularmente em famílias onde a depressão é comum.
  6. “Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre uma perturbação mental“. NEM TODOS, mas a maioria apresenta sintomas depressivos. É frequente também a ansiedade, a bipolaridade, os consumos de álcool e drogas, etc. Apenas em 10% das pessoas que consuma o suicídio não se apura diagnóstico psiquiátrico.
  7. “Se alguém falar sobre suicídio com outra pessoa está a transmitir a ideia de suicídio a essa pessoa“. FALSO, não se causam comportamentos suicidas por se falar com alguém sobre isso. Na realidade, reconhecer que o estado emocional do indivíduo é real e tentar normalizar a situação induzida pelo stresse são componentes importantes para a redução da ideação suicida; faz que o paciente sinta que da parte do seu interlocutor há interesse no seu sofrimento.
  8. “O suicídio só acontece aos outros“. FALSO, o suicídio pode ocorrer em todas as pessoas, independentemente do nível social ou familiar.
  9. “Após uma tentativa de suicídio a pessoa vez nunca mais volta a tentar matar-se“. FALSO, uma pessoa que tem uma tentativa prévia ou comportamentos autolesivos de menor letalidade apresenta um muito maior risco de cometer suicídio.
  10. “Quem se magoa de propósito é louco“. PRECONCEITO TERRÍVEL E ERRADO, que inibe as pessoas de pedir ajuda. Quem se magoa de propósito ou considera o suicido está em sofrimento e pode ser ajudado!!

Precisa de ajuda? Conhece alguém que precise? Recorra a um profissional de Saúde (Médico de Família, Serviço de Urgência, Psiquiatra, Psicólogo, etc.).

É possível prevenir o suicídio e a autolesão! Não se deixe enganar por estes mitos, estigmas e preconceitos.

FONTE: http://reflexoesdeumpsiquiatra.com/2014/04/11/os-10-grandes-mitos-ideias-erradas-sobre-o-suicidio-e-sobre-comportamentos-autolesivos/