Arquivo da tag: depressão

UM OLHAR PSICOLÓGICO SOBRE O JOGO “BALEIA AZUL”

02-05-17

O jogo da ‘Baleia Azul’  propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como última etapa. Há pelo menos dois casos de morte sob investigação policial, além de tentativas de suicídio por todo o país, que supostamente podem ter relação com o jogo. O jogo foi um “fake news” (notícia falsa) divulgada por um veículo de comunicação estatal da Rússia que se espalhou a partir de 2015. Porem, ao que tudo consta, com a grande repercussão o jogo que antes não existia, passou a existir.

Como lidar com o tema:

Fique atento à mudanças de comportamento; mudanças bruscas de comportamento dos filhos, pode ser um sinal de que ele(a) está sofrendo e não está sabendo lidar com o sofrimento.

Demonstre interesse; é essencial que os pais se interessem pela rotina de seus filhos, mas que isso não se torne um ato de policiamento e sim, apenas interesse, e que não seja momentâneo apenas por causa do jogo.

Diálogo constante;  o adolescente com autoestima baixa, sem vínculo familiar fortalecido é mais vulnerável a cair neste tipo de armadilha. Por isso que as conversas com os filhos, podem não serem fáceis, mas quando os pais reforçam o diálogo dentro de casa, e se mostram disponíveis para conversas, os adolescentes consequentemente ficaram mais confortáveis em compartilhar suas angústias num ambiente onde o clima é de proteção.

Participação da escola; as escolas podem ajudar muito na prevenção de situações de risco, identificado entre os alunos os mais vulneráveis a se engajarem nestes tipos de jogos, desta forma  podem fazer projetos de conscientização sobre a importância da vida, como é o caso do “contra jogo” Baleia Rosa, que está viralizando na internet, o qual incentiva os jovens a verem o lado bom da vida.

 É extremamente preocupante ver diversos comentários feitos inclusive por pais e educadores, em tons de brincadeira à respeito do jogo. É fácil falar para os adolescentes irem procurar algo mais interessante pra fazer… Porem na adolescência  é onde se da a crise do desenvolvimento, sublinhando as incertezas e indagações do adolescente no sentido de descobrir quem é, e de definir o que virá a ser no futuro, por isso à inquietação dos jovens nesta fase. É preciso olhar para isso, como um pedido de ajuda, e ajudar-los! O CVV – Centro de Valorização a Vida, realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente a todas as pessoas que precisam conversar, o telefone é o (141). Além de que o psicólogo nesta fase é uma ferramenta valiosa para ajudar a família e a escola a lidar com a situação da melhor maneira possível.
Busque ajuda.

Fonte: http://www.noticiascoronel.com.br/2017/04/um-olhar-psicologico-sobre-o-jogo.html

Acho que sou bipolar…

bipolar 2

Nas rodas de amigos, no trabalho, entre os familiares ou em consultórios de psiquiatria, essa dúvida em relação a própria bipolaridade ou a bipolaridade de pessoas próximas, é cada vez mais frequente.

  Muitas pessoas se queixam de mudanças frequentes no humor, irritabilidade, compras exageradas e outros descontroles emocionais e relacionam isso à presença da tão falada doença bipolar. Mas afinal, o que é um transtorno bipolar? E… o que não é?

  O Transtorno Afetivo Bipolar se constitui em problema grave de saúde mental no qual podem ocorrer episódios de mania, alternados ou não, com episódios de depressão. E o que é um episódio de mania? É um período distinto de tempo (dias, semanas ou meses), no qual ocorre de forma simultânea alguns sintomas como: humor muito irritado ou eufórico, maior agitação, menor necessidade de sono, mais energia, fala e pensamentos acelerados e maior envolvimento em atividades que dão prazer, como é o caso de compras exageradas e atividade sexual. Quadros de depressão também podem ocorrer alternadamente com os episódios de mania, nos quais o humor permanece entristecido a maior parte do tempo, há desânimo, choro fácil, falta de prazer nas atividades diárias da vida, dificuldade de concentração e memória, alterações do sono e apetite e até pensamentos de morte e de suicídio. É importante ressaltar que todos esses sintomas causam uma alteração do jeito habitual de funcionamento da pessoa, prejudicando as atividades de maneira geral e podendo ser facilmente observado por quem está a sua volta.

  Assim, mudanças repentinas de humor no nosso dia a dia, principalmente quando algo ruim e inesperado acontece, irritabilidade intensa, explosões de raiva, brigas e compras exageradas, isoladamente, não o transformam em uma pessoa com o transtorno bipolar. O reconhecimento dessa doença depende de uma avaliação psiquiátrica aprofundada para que se possa entender todas as questões psicológicas, biológicas e ambientais envolvidas e assim, identificar os sintomas que estão causando sofrimento. O Transtorno Afetivo Bipolar é uma condição psiquiátrica grave que necessita de tratamento o mais precoce possível, para que os sintomas sejam controlados e a vida siga seu curso da melhor maneira possível.

Matéria por:
FELIPE P. DE FIGUEIREDO
CRM/PR 31918 | RQE 17208 / 17215
GIOVANA JORGE GARCIA
CRM/PR: 24337 | RQE 17431 |

Ator de Prison Breake desabafa após ganhar de peso e virar piada na internet

prision-break-INT

O que acontece quando um cara que costuma a ser saradão engorda e a foto cai na internet? Surge a famosa montagem lado a lado expondo o antes e depois da pessoa. Mas como só a comparação malvada não basta, surgiram também memes sobre o assunto. E enquanto todos se divertiam, ele pensava em suicídio. Veja só o desabafo abaixo.

Wentworth Miller, conhecido por ser o protagonista de Prison Break, publicou um desabafo no Facebook há algumas semanas criticando uma brincadeira que surgiu por conta do seu peso atual.

A legenda era: “Quando você sai da prisão e descobre o monopólio do McDonald’s

Passado alguns dias da sua publicação, ele escreveu um desabafo em sua página que já ultrapassa os 700 mil likes. Vale a pena ler:

Hoje eu virei um meme. E não foi a primeira vez. Este, no entanto, é diferente dos outros — em 2010, eu estava semi-aposentado, e estava me mantendo longe da mídia por inúmeros motivos. O primeiro e mais importante deles era porque eu era suicida

Este é um assunto que eu já falei sobre, escrevi sobre e compartilhei com vocês. Mas, na época, eu sofri em silêncio, como muitos fazem. O tamanho da minha luta era conhecida apenas por muito, muito poucos. Envergonhado e com dor, eu me considerava um ‘objeto estragado’. E as vozes na minha cabeça me conduziam até o caminho da autodestruição. Não pela primeira vez. 

Eu luto contra a depressão desde criança. É uma batalha que consome o meu tempo, minhas oportunidades, meus relacionamentos e milhares de noites mal dormidas. Em 2010, no ponto mais baixo da minha vida adulta, eu estava procurando qualquer tipo de alívio/conforto/distração. E eu a encontrei na comida. Poderia ter sido qualquer coisa — drogas, álcool, sexo. Mas comer se tornou a única coisa que eu esperava ansiosamente. Eu contava com ela para aguentar o dia. Em um determinado período, o ponto alto da minha semana era comer a minha receita favorita e assistir a um novo episódio de TOP CHEF. Às vezes isso era o suficiente. Precisava ser o suficiente. 

Então, é claro, eu engordei. Grande m*rda. Um dia, enquanto saí para caminhar com um amigo em Los Angeles, nós cruzamos com uma equipe filmando um reality show. Ignorando a minha presença, paparazzi estavam circulando. Eles tiraram fotos minhas, e estas mesmas fotos foram publicadas junto com imagens de uma outra época da minha carreira: “De Gato a Gordinho”, “De Em Forma para Flácido”, etc.

Minha mãe tem um daqueles ‘amigos’ que são sempre os primeiros a darem más notícias. Ele recortou um desses artigos de uma revista conhecida e mandou para ela pelo correio. Ela me ligou, preocupada. Em 2010, lutando pela minha saúde mental, era a última coisa que eu precisava

Resumindo, eu sobrevivi. Assim como essas fotos — e eu estou contente. Agora, quando eu vejo esta imagem minha, usando uma camisa vermelha e com um raro sorriso no rosto, eu me lembro da minha batalha. Minha resistência e minha perseverança ao enfrentar todos os tipos de demônios. Alguns internos, outros externos. 

Como um dente de leão nascendo no meio do concreto, eu persisto. De qualquer forma. Ainda. Apesar de. Eu preciso admitir, foi difícil respirar quando vi esse meme aparecer nas minhas redes sociais pela primeira vez. Mas, como tudo na vida, eu pude redefinir seu significado. E o significado que eu projetei nesta imagem é de força. Cura. Perdão. Minha e dos outros. 

Se você ou alguém que você conhece está lutando, ajuda está disponível. Fale algo. Mande mensagens. Mande e-mails. Pegue o telefone. Alguém se importa. Eles estão esperando ouvir notícias suas. Muito amor“.

 Fonte: www.hypeness.com.br/2016/03/o-que-podemos-aprender-com-a-mensagem-do-ator-de-prison-break-que-virou-meme-apos-engordar/

Depressão no idoso

depressao idoso

Texto do Prof. Dr. Mario Rodrigues Louzã Neto

Não faz muito tempo. Dizia que o Brasil era um “país jovem”, boa parte de sua população tinha menos de 30 anos de idade. No entanto, uma rápida mudança vem ocorrendo nos últimos anos, tanto no Brasil, como no mundo em geral. O numero de idosos (pessoas acima de 65 anos de idade, a chamada terceira idade) vem crescendo rapidamente na população. No Brasil havia cerca de 10 milhões em 1990; esse numero deve chegar a 15 milhões no ano 2000 e 34 milhões em 2025.

Entre as principais doenças mentais que atingem os idosos está a depressão. É uma doença freqüente em todas as fases da vida, estimando-se que cerca de 15% dos idosos apresentem alguns sintomas depressivos e cerca de 2% tenham depressão grave. Esses números são ainda maiores entre os idosos internados em asilos ou hospitais.

Depressão não é apenas uma tristeza passageira, diante de um fato adverso da vida. A pessoa apresenta uma tristeza profunda e duradoura, acompanhada de desânimo, apatia, desinteresse, impossibilidade de desfrutar dos prazeres da vida. Não se interessa pelas atividades diárias, não dorme bem, não tem apetite, muitas vezes tem queixas vagas como fadiga, dores nas costas ou na cabeça. Aparecem pensamentos “ruins”, como idéias de culpa, inutilidade, desesperança; nos casos mais graves podem ocorrer idéias de suicídio.

As causas da depressão são desconhecidas. Acredita-se que vários fatores – biológicos, psicológicos e sociais – atuando concomitantemente levem à doença. Fatores biológicos, como a presença de depressão em outros membros da família podem ser considerados predisponentes, enquanto fatores psicológicos e sociais, por exemplo, perda de um ente querido, perda de suporte social, podem desencadear um episódio de depressão. Sabe-se que na depressão há alterações no equilíbrio dos sistemas químicos do cérebro, principalmente nos neurotransmissores noradrenalina e serotonina.

O reconhecimento da depressão no idoso muitas vezes é difícil. Preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais dificultam o acesso dos pacientes a um tratamento adequado. Existe a idéia bastante arraigada de que a depressão é um fato “normal” na velhice. Não é! O idoso não precisa ser necessariamente triste. Quando alguém fica desanimado e triste por algumas semanas é preciso levá-lo a um psiquiatra, para uma avaliação especializada, pois pode estar sofrendo de depressão. Muitas pessoas ainda ficam constrangidas de procurar o psiquiatra, diante da idéia de terem uma doença mental. Por causa desses preconceitos, estima-se que cerca de metade dos pacientes deprimidos fiquem sem diagnóstico e tratamento adequados.

A depressão é uma doença como outra qualquer, cujo tratamento tem sofrido avanços significativos nos últimos anos. Medicamentos antidepressivos, que atuam nos neurotransmissores permitem uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro, com a melhora dos sintomas da depressão. Essa recuperação demora algumas semanas, durante as quais o apoio dos familiares é também fundamental. O acompanhamento psicoterápico permite uma complementação do tratamento medicamentoso, propiciando a recuperação da qualidade de vida do idoso.

8 atitudes típicas de pessoas que têm depressão, mas não demonstram

26-11-15
Medo ou desconhecimento?

Nesse artigo conheça 8 sintomas de pessoas que levam a vida com o que chamados de “depressão mascarada”, doença que elas tentam esconder ou mesmo que nem sabem que têm.
Embora a sociedade atual demonstre, de modo geral, um maior conhecimento sobre a depressão, o que se vê, muitas vezes, é uma compreensão equivocada desta doença e de seus sintomas.
Por tratar-se de uma doença marcada por um estigma, nem sempre conseguimos identificar familiares ou pessoas próximas que estejam lutando contra a depressão. Pior ainda: devido às concepções equivocadas sobre os diferentes modos de manifestação da doença, e o tipo de ajuda a ser buscado, muitos indivíduos que sofrem de depressão não recebem o devido diagnóstico.
O resultado disso é que muitos indivíduos convivem com uma depressão mascarada – ou seja, invisível para as pessoas que os cercam, ou mesmo para eles próprios. Além disso, nos casos em que não recebeu o diagnóstico adequado, o indivíduo tenderá a lidar com seus problemas de modo a esconder a depressão, e terá dificuldades para reconhecer os verdadeiros sintomas da doença.

É preciso deixar de lado a concepção de que o sofrimento é sempre visível. Deste modo, será possível compreender melhor e oferecer ajuda aos que lutam contra as doenças não manifestas. Listamos, a seguir, alguns sinais de uma pessoa que talvez sofra de uma depressão mascarada.

1. Ela talvez “não pareça deprimida”

Influenciados por estereótipos culturais e veiculados pela mídia, muitos têm uma imagem equivocada do comportamento e da aparência do indivíduo com depressão. Na visão do senso comum, esta pessoa raramente sai de seu quarto, veste-se com desleixo, e parece estar sempre triste. Porém, nem todos que sofrem de depressão têm o mesmo comportamento.

Claro que os indivíduos são diferentes, assim como variam os sintomas e a capacidade de cada um de lidar com a doença. Muitos conseguem exibir um “verniz” de boa saúde mental – como mecanismo de autoproteção –, mas o fato de serem capazes de fazê-lo não significa que eles sofram menos. Do mesmo modo, as pessoas incapazes de mostrar tal “verniz” não são mais “fracas” que as demais.

2. Ela pode parecer exausta, ou queixar-se de um cansaço constante

Um efeito colateral da depressão é um cansaço permanente. Embora este sintoma não se manifeste em todos que sofrem de depressão, ele é muito comum. Em geral, é um dos piores efeitos colaterais desta doença.

Além disso, se o indivíduo não recebeu o diagnóstico de depressão, a causa deste cansaço pode ser uma incógnita. Mesmo que ele durma um número suficiente de horas à noite, talvez acorde na manhã seguinte como se tivesse dormido pouco. Pior que isso: talvez ele culpe a si mesmo, atribuindo isso à preguiça ou então que algum defeito de sua personalidade esteja causando esta sensação de fraqueza e falta de energia.

Este sintoma também acaba se tornando uma dificuldade para quem recebeu o diagnóstico de depressão, mas tenta ocultá-la dos amigos e colegas. Isso porque esta sensação de cansaço afeta o seu ritmo de trabalho e também os seus relacionamentos pessoais.

3. Ela poderá ficar mais irritadiça

O comportamento de uma pessoa com depressão pode ser interpretado equivocadamente, como melancolia. É muito comum que a pessoa deprimida fique mais irritadiça, e que isso não seja interpretado como um sintoma da doença. Isso é compreensível, já que a depressão não é problema de saúde “visível”, e tampouco pode ser medido com precisão – o que dificulta o combate à doença.

Além disso, o esforço constante exigido do indivíduo para lidar, ao mesmo tempo, com as inúmeras demandas de sua vida cotidiana, e com a depressão, suga suas energias, deixando-o impaciente e incapaz de ter a compreensão exata sobre as coisas.

Se o seu amigo ou conhecido recebe o diagnóstico de depressão, e compartilha esta informação com você, uma dificuldade poderá surgir, caso o comportamento desta pessoa não corresponda à imagem (equivocada) que se tem de uma pessoa com depressão: um indivíduo tímido e calado. A tendência a ter “pavio curto” e a irritar-se com facilidade é, na verdade, um efeito colateral da depressão.

4. Para ela, pode ser difícil corresponder ao afeto e preocupação das pessoas ao redor

A ideia equivocada mais comum em relação à depressão, sugerida nos parágrafos acima, é que ela causa um sentimento de tristeza.

Pelo contrário: muitas vezes, o indivíduo com depressão não sente nada; ou então vive as emoções de modo limitado ou passageiro. Depende de cada caso, mas muitos relatam um sentimento parecido com o “torpor”, e o mais próximo que chegam de uma emoção é uma espécie de tristeza, ou irritação.

Deste modo, o indivíduo terá dificuldade para corresponder de modo adequado a gestos ou palavras afetuosas. Ou então nem se dará ao trabalho de manifestar qualquer reação.

 Talvez demonstre uma irritação nada racional: é possível que o cérebro dele tenha dificuldades para processar e corresponder ao seu afeto e carinho.

5. Talvez recuse a participar de atividades de que gostava muito

Uma atípica falta de interesse em participar de atividades – e durante um longo período – pode ser um sinal de depressão. Conforme mencionado acima, esta doença drena a energia do indivíduo tanto no plano físico quanto no mental – o que afeta sua capacidade de sentir prazer com as atividades cotidianas.

Um indivíduo com depressão talvez não se sinta mais atraído por atividades que adorava no passado, pois esta doença acaba dificultando o desfrute de tais atividades, que não satisfazem mais o indivíduo. Se não há nenhum outro sinal visível que possa explicar o interesse cada vez menor do indivíduo por estas atividades, este talvez seja um sintoma de depressão clínica.

6. Talvez passe a ter hábitos alimentares incomuns

O indivíduo deprimido desenvolve hábitos alimentares incomuns por duas razões: como um modo de lidar com a doença, ou como um efeito colateral da ausência do cuidado consigo mesmo. Comer pouco ou em demasia é um sinal comum de depressão. A ingestão excessiva de alimentos é vista como vergonhosa, e neste caso a comida talvez seja a principal fonte de prazer da pessoa com depressão, o que a faz comer além do necessário.

Quando o indivíduo depressivo come pouco, em geral é porque a doença está afetando seu apetite, transformando o ato de comer em algo desagradável. Isso também pode ser uma necessidade subconsciente de controlar algo, já que ele não é capaz de controlar sua depressão. Se a pessoa não recebeu o devido diagnóstico, ou se omitiu diante das pessoas o fato de estar deprimida, elas poderão considerar que os hábitos alimentares “errados” se devem a um defeito de personalidade, e tal “julgamento” fará com que o indivíduo deprimido se sinta ainda pior.

7. Os outros talvez passem a exigir mais de você

Naturalmente, as funções vitais de um indivíduo com depressão não podem ser as mesmas de alguém com boa saúde mental. Haverá coisas que ele não será mais capaz de fazer com a mesma frequência, ou abandonará de vez. Perturbá-lo ou fazer com que ele se envergonhe por causa disso só tende a causar mágoas, em vez de ajudar. Se a depressão é um assunto que ele tem tido dificuldade de abordar, será igualmente difícil para ele lidar com alguém que fique irritado diante de sua incapacidade de agir do mesmo modo que uma pessoa mentalmente sadia.

Por isso, convém sempre ser compreensivo com as pessoas, seja de seu círculo profissional ou do pessoal. Não há como saber se um indivíduo está simplesmente “desacelerando”, ou se está enfrentando um verdadeiro problema de saúde.

8. Ela poderá ter dias ruins, e dias “melhores”

Trata-se de uma doença com altos e baixos. Se o indivíduo sofre de uma depressão mascarada, ou não diagnosticada, pode parecer que suas flutuações de humor são aleatórias, dependendo da regularidade de sua depressão. Para você (e mesmo para ele, no caso de ele não ter recebido um diagnóstico), talvez não haja uma motivação para as alterações de humor, mas esta é simplesmente a maneira como a depressão se manifesta em algumas pessoas.

Se você sabe que o indivíduo sofre de depressão, poderá ter a falsa impressão de que ele, tendo passado por uma sequência de dias “bons”, está definitivamente curado. O fato de ele ter passado um dia melhor do que na véspera pode ser excelente, mas convém que você sempre lhe peça para que ele deixe claro o que consegue ou não fazer, e em que momentos.

Concluir que o indivíduo que sofria de depressão está plenamente recuperado, ou forçá-lo a retomar rapidamente a rotina normal poderá sobrecarregá-lo, e fazer com que ele se “retraia” novamente. Ofereça apoio ao amigo ou parente com depressão, mas deixe que ele tome as decisões necessárias.

Fonte: http://pensadoranonimo.com.br/8-atitudes-tipicas-de-pessoas-que-tem-depressao-mas-nao-demonstram/

Como diferenciar a tristeza da depressão?

tristeza ou depressao

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais tentou estabelecer um conjunto de critérios padronizados que distinguem tristeza “normal” de depressão clínica. Mas, fazer o diagnóstico continua a ser uma ciência inexata. Este não é um tumor físico que você pode medir em centímetros, mas através da medição de humor.

De acordo com o manual, para um período de melancolia ser considerado um episódio depressivo, deve persistir por pelo menos duas semanas, e será acompanhada por, pelo menos, cinco destes sintomas:

– O humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, como indicado por relato subjetivo (por exemplo, sente-se triste ou vazio) ou observação feita por terceiros (por exemplo, chora muito);

– Diminuição acentuada do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias;

– Perda significativa de peso sem estar em dieta ou ganho de peso (por exemplo, uma mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou diminuição ou aumento do apetite quase todos os dias;

– Insônia ou excesso de sono quase todos os dias;

– Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis ​​por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento);

– Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;

– Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante) quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por estar doente);

– Diminuída capacidade de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação por outros);

– Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, ou uma tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio.

O principal ponto crucial de qualquer um desses diagnósticos é responder se a sua depressão está impedindo-os de ir trabalhar ou cuidar da sua rotina. Caso positivo, está na hora de procurar ajuda.


Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/depressao-masculina-como-reconhecer-o-mal-do-homem

A depressão que se esconde no mau humor

970825_675203449205805_1797840775_n

 

Todo mundo tem seus dias de mau humor. Eles, em geral, são decorrentes de brigas familiares, conflitos profissionais, dificuldades financeiras, excesso de trânsito, calor, frio, sono… Motivos não faltam para perder a simpatia.

Até ai, tudo bem. Mas o mau humor é também um dos principais indicadores da distimia, uma forma leve de depressão prevalente em 5% da população mundial. Sem tratamento, ela evolui para depressão crônica em 80% dos casos, o que pode implicar no uso contínuo de medicamentos.

“O problema é que muitos ignoram a doença acreditando estar apenas com mau humor”, alerta Ricardo Moreno, psiquiatra do Hospital das Clínicas e diretor da unidade de disfunções do humor.

A distimia não “derruba” como a depressão nos níveis mais avançados. Ela é sutil. Aparece como um mau humor sem causa aparente, mas que facilmente encontra algum bode expiatório em meio à correria cotidiana.

“São sintomas de intensidade mais leve se comparados com episódios depressivos, mas que atormentam a pessoa por dezenas de dias seguidos”, explica Moreno.

Para o psiquiatra Kalil Duailibi, professor da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e ex-coordenador de saúde mental da Secretaria municipal de Saúde de São Paulo, estar com distimia é como andar com 70% das energias. “A pessoa consegue trabalhar, mas é menos produtiva, consegue cumprir suas tarefas diárias, mas nunca está 100%”, explica.

Início gradual

Ter a cara fechada por 15 dias seguidos é um forte indício da doença, mas o diagnóstico requer avaliação clínica detalhada. “A maior incidência é no adulto jovem, entre 20 e 25 anos, pois além de ser o período mais produtivo da vida, a personalidade da pessoa já se formou”, observa Moreno.

Mas nem sempre o problema é percebido. “A doença surge lenta e gradualmente. É um processo contínuo, sem mudanças bruscas, por isso pode não ser notado”, esclarece Duailibi.

Além do mau humor, mais sintomas podem aparecer, embora muitos acabem se manifestando discretamente. São eles: baixa autoestima, baixa tolerância, excesso de melancolia, irritabilidade e alterações constantes de pensamento.

“Há uma certa tendência ao isolamento”, acrescenta o professor da UNISA. “É como se tudo fosse uma grande dificuldade”, conta. Já nos adolescentes, a distimia costuma causar irritabilidade.

Ponte sob pressão

Duailib conta que a expressão estresse surgiu na engenharia civil. “É um termo relacionado ao quanto uma ponte pode suportar”, afirma. E isso passou a ser usado para identificar o desgaste emocional nos seres humanos.

Por uma combinação de fatores genéticos e de estrutura emocional, cada pessoa tem sua cota específica de desgaste. “Alguns aguentam mais, outros menos. Mas todos estão sujeitos a sofrer um estresse grande demais e entrar em depressão”, conta o psiquiatra.

Por conta desta variação individual, é difícil apontar situações nas quais a pessoas poderá estar sujeita a ter distimia. “Um adolescente pode ter o problema desencadeado porque não consegue entrar na faculdade que gostaria, enquanto outros encaram essa dificuldade sem sofrer”, compara Duailibi.

Além disso, nem sempre é preciso que exista um fator desencadeador da doença. A pessoa pode simplesmente ter uma predisposição e desenvolvê-la, sem aviso prévio.

Final de ano

Enquanto os comerciais de televisão retratam famílias sempre unidas e sorridentes no Natal, os consultórios psiquiátricos ficam com a agenda lotada. “Final de ano é uma época complicada. Tem quem sinta falta das pessoas que perdeu, há quem faça a contabilidade do ano e fique frustrado”, exemplifica o médico.

Os próprios encontros familiares representam algum perigo. “Pode haver algum problema mal resolvido entre os familiares”, afirma. E isso, somado à necessidade de estar bem, imposta pela época, colocam ainda mais pressão sobre a pessoa.

Controle constante

Como qualquer outro tipo de depressão, a distimia não tem uma cura definitiva. Ela deve ser controlada e monitorada. O tratamento é duradouro, feito com base em medicamentos e abordagens psicológicas e psicoterapêuticas.

“Mesmo que o indivíduo venha a ter uma melhora significante, é importante persistir no tratamento, para evitar o aparecimento de novos episódios”, esclarece Moreno.

FONTE:  http://saude.ig.com.br/minhasaude/a+depressao+que+se+esconde+no+mau+humor/n1237863451939.html

Solidão mata mais que obesidade!

solidao

Um pouco de solidão faz bem: deixa você até mais criativo. Mas vê se não abusa do tempo longe dos amigos e familiares. Ficar muito tempo na solidão é mais perigoso que a obesidade.

Tão perigoso que mata até duas vezes mais, segundo pesquisa do psicólogo John Cacioppo, da Universidade de Chicago. Ele acompanhou, ao longo de seis anos, o impacto da solidão na saúde de mais de 2 mil pessoas com mais de 50 anos. E percebeu que os mais solitários correm mais riscos de morrer do que quem se sente amado e querido.

É que a solidão eleva a pressão arterial a níveis perigosos: perto da zona de perigo de ataques cardíacos e derrames. Além disso, o isolamento pode enfraquecer seu sistema imunológico, deixar você depressivo, e piorar a qualidade do seu sono. Pois é, a ausência de amigos faz você perder até o sono. Segundo Cacioppo, quando nos sentimos isolados ficamos mais atentos a qualquer ameaça e por isso acordamos com qualquer barulhinho.

Viu só que perigo?

FONTE: http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/solidao-mata-mais-que-obesidade/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super